tag:blogger.com,1999:blog-283193872024-03-13T13:01:00.803+00:00Pequenos PormenoresLitahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.comBlogger666125tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-68718571438217845712014-10-30T11:54:00.003+00:002014-10-30T11:54:48.547+00:00Mudar para ViverEu esforcei-me... muito.<br />
Esforcei-me para manter aberto e vivo um espaço onde já não sei criar.<br />
Foram 6 anos (que no fundo são 8) de escrita, investimento, crescimento, partilha, emoção e tantas ligações que se criaram.<br />
E era isso que me bloqueava... a emoção por detrás de cada palavra, os comentários de pessoas - tantas! - que não conhecia, mas aprendi a conhecer...<br />
<br />
A vontade que o Pequenos Pormenores regressasse a um tempo onde acordar e vir para aqui fazia parte de uma rotina cálida, cheia de significado.<br />
Mas assim não é.<br />
O tempo, as pessoas, os acontecimentos, o facebook, a vida que passou por mim e em mim diz-me que é tempo de abrir mão.<br />
<br />
Não tenciono apagar este espaço, pelo menos enquanto me fizer sentido lê-lo e recordá-lo.<br />
Mas tenciono fechar a porta a este ciclo.<br />
E...<br />
<br />
... grata! Infinitamente grata! A cada palavra aqui contida. A cada pessoa que li, desde que aqui cheguei. A tantas gargalhadas e lágrimas que vivi neste espaço. A tanto carinho!<br />
E Àqueles que sabem quem são e que, de uma forma ou de outra, foram transformando a minha vida.<br />
<br />
Grata ao Pequenos Pormenores por tanto que me deu.<br />
A vida também é isto. Honrar quem fomos e honrar o que somos.<br />
<br />
Facebook à parte, sinto que não posso é parar de me expressar. Estarei por <a href="http://escritaacafe.wordpress.com/">aí</a>....Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-29782458596165331772012-12-08T20:26:00.001+00:002012-12-08T20:26:13.425+00:00Tempos<br />
E se calhar chegou mesmo o tempo.<br />
Do Amor. De ser coração – sem luzes cor de rosa e flores de arco-íris, se bem que são bem-vindas na mesma – inteiro.<br />
De olhar-te até me diluir em ti, de abraçar-te até aos ossos, de não me diminuir, não me minimizar fingindo que sou somente metade.<br />
De ajoelhar à vida “como” se fosse sua filha, sua amante, sua mãe.<br />
De tratar o útero onde vivo como a minha casa.<br />
De abrir as portas da minha casa e do meu coração a quem precisa e de respeitar os meus espaços e os meus tempos.<br />
De tratar-te como se parte de mim fosses, tendo contigo a mesma responsabilidade que tenho comigo - e isso não é dependência.<br />
De enfrentar e abraçar os fluídos do meu corpo e as lamas da minha mente, tanto quando as lágrimas da minha alma.<br />
De colocar as mãos na terra e reverenciar aquilo que como. De dançar em sintonia com a vida que me coube e com o que dela faço.<br />
De Celebrar-me.<br />
De celebrar-te.<br />
De não te permitir a aparência, a superficialidade, a fuga de ti e de mim.<br />
Se calhar chegou o tempo de saber que tudo se passa dentro de mim, mas o que realmente conta é o que faço cá fora com isso.<br />
De não me fechar.<br />
De te abrir.<br />
Se calhar chegou o tempo de aceitar a humanidade espiritual que me abarca.<br />
Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-49938412281932477862012-12-07T13:37:00.004+00:002012-12-07T13:38:33.142+00:00Projecção<br />
Sentes?<br />
Este esventramento sagrado?<br />
Sentes a vibração que te rasga o peito e as entranhas e as barreiras de todos os "politicamente correctos" para te ires mostrando CRUAMENTE nu/a?<br />
Sentes o rosto, que tantas vezes olhou para o lado para não enfrentar as tuas próprias dores, e lamas e adições e vitimizações e perversões e todos os "nãos" a ti mesmo/a, adentrar-se mais e mais fundo com fome de ti??? Com fome desse abismo tão sublime e dolorosamente são que é o reconheceres da tua humanidade plena? Inteira, ... redonda.<br />
Sentes essa energia que se solta em cada golfada de descida que te permites e que te sobe pelo corpo numa espiral sufocante de Amor? De Amor... não amor. Amor, fulminante, inteiro, aceitante até aos ossos e absolutamente vibrante de entrega....<br />
E o medo que também te sufoca enquanto as vozes do teu ventre te gritam "não posso, esta dor toda é demasiada luz"!!!!! E é aí que te ficas... porque na dor e nas merdas que guardamos no baú, a luz é mesmo igual para todos....<br />
E é esse tipo de Amor que te engancha. E é essa dor que te rasga. E, de alguma forma, não sabes como o vais fazer, mas já não te permites sair daí... porque a paisagem... ainda que pareça longínqua... é devoradoramente divina.<br />
Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-19181458984536797752012-10-22T09:05:00.002+01:002012-10-22T09:07:46.262+01:00Histórias de mulheres<br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Apagava-se o tempo. Não havia outra forma de o explicar, de colocar a sensação em palavras. Como o Verão que já se apagava da memória, quando os casacos de lã aconchegavam das primeiras noites geladas, algumas histórias sacudiam-se da pele caindo como gotas de chuva, logo absorvidas pela terra. A única marca deixada cheirava a humidade, a despedida, a um virar de costas decidido e perturbador.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">"É então esta a sensação do deixar ir." - pensou, num entardecer em que a leveza da despedida se transformou num arrancar pedaços. Um arrancar silencioso, sem extroversão, sem gritos ou choros ou lágrimas. Apenas a sensação de vazio sufocante. Uma memória cravada no peito acerca do que um dia foi emoção.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">As histórias deixaram de ser contadas, reviradas em noites de insónia. As </span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">palavras deixaram de ser ditas. Um dia, os cheiros também se apagariam, assim como o som do mar nas noites de Setembro, o sabor horrível da Corona que parecia ser um prazer e que ela nunca entendera muito bem como gostar daquilo, o cheiro da esperança ao por do sol e da entrega na Lua Cheia. Apagar-se-ia a história com o título "assunto inacabado" e ela respiraria aliviada e esqueceria que um dia desejara não esquecer.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">E a decisão fora a coisa mais consciente que fizera na vida. Sem dramas.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Somente a parte de si agarrada à poesia sentiria saudades.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">"Porque aprendeste que uma mulher fica sempre com um amor antigo cravado no peito. Foi esse o legado das tuas antepassadas. Get over it!" - a voz fê-la rir.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Ali estava ela. Artémis no seu melhor. </span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Com um sorriso condescendente, puxou a túnica para si, agarrou no arco e na flecha e deu meia volta sobre si. </span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Sim, o Verão apagar-se-ia da memória.</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">O melhor era aproveitar o Outono.</span></span>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-5519478270194065572012-08-01T22:12:00.000+01:002012-08-01T22:12:21.356+01:00Cartas para Clara<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/H1031Y6yM1c" width="420"></iframe><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Querida Clara,</div>
<div class="MsoNormal">
Pensava nas palavras que proferiste na nossa última conversa
e da minha conclusão delas. Sobre os lutos.</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre o que já não é, nunca foi, mas que de alguma forma se
continua à espera…</div>
<div class="MsoNormal">
Recordo-me dos dias em que os sonhos eram tão intensos que
se tornavam palpáveis. Conseguíamos
tocar-lhes. A casa tinha uma cor, sabíamos que transformaríamos a garagem numa
oficina. E o outro lado, seria o espaço para a mesa. Nunca conheci sonho onde
uma mesa de madeira tivesse mais impacto. Conhecíamos as refeições que faríamos…
e penso que até aí há uma pista importante para nos abanar deste estranho
entorpecimento. Sonhávamos com churrasco, e há anos que eu não como carne. Já
viste como o sonho foi sonhado, ainda, quando já nada nele se avistava?</div>
<div class="MsoNormal">
O sonho tinha som de gargalhadas, macacões de ganga
desbotados e cheios de tinta. Havia, numa mesa cheia de papeis, uma máquina de
escrever. Nunca o actualizámos para um computador… E havia música e barulho,
carros estacionados à porta, cheiro de mar, areia no chão, varrida várias e
várias vezes ao dia. Havia beijos salgados e abraços protectores. Mas nunca houve
outras assinaturas, para além da nossa.</div>
<div class="MsoNormal">
Houve tanta ingenuidade neles. Esquecemo-nos de os
partilhar, de perguntar se mais alguém estava interessado em entrar neles.
Esquecemo-nos de trabalhar seriamente para a sua concretização. Limitamo-nos a
sonhá-los, acreditando que eram tão bons que qualquer pessoa quereria fazer
parte, ainda que não os conhecesse.</div>
<div class="MsoNormal">
Afinal, o sonho era só nosso. E é esse largar que dói. Mais
do que o sonho desfeito. É o olhar a casa, sabendo o que nunca será, deixar ir
rostos que não eram “para sempre”. Não é
o caminhar para outras paisagens que doí, é o largar as paisagens que contêm
investimentos emocionais de sonhos dos quais nunca nos despedimos.</div>
<div class="MsoNormal">
E é tempo de o fazer. Afinal, os sonhos também têm de
crescer, não é?</div>
<div class="MsoNormal">
Agarremo-nos ao que efectivamente É. Ao amor que nos
abençoa, aos que nos querem verdadeiramente. Já existem outros sonhos, alguns
tornados realidade. Se abrirmos o espaço que guardámos para o sonho antigo, já
imaginaste a quantidade de amor que teremos disponível para dar? São anos e
anos de amor guardado…</div>
<div class="MsoNormal">
Quem sabe chegou esse dia. O dia de seguir – MESMO – em frente.
E não o podemos fazer levianamente. O sonho, nem que seja pela importância e
intensidade que lhe demos, merece um ritual, uma despedida, um dizer adeus
digno de tanto amor que lhe dedicámos.</div>
<div class="MsoNormal">
Tomemos agora tempo a investir nisso, nesse adeus cheio de significado.</div>
<div class="MsoNormal">
Abraço-te,</div>
<div class="MsoNormal">
Leida</div>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-24099374496841087202012-05-12T20:56:00.001+01:002012-05-12T20:56:49.045+01:00DesencontrosEle ama-a.<br />
Mas na sua alma há ventos no lugar de chuva, desertos onde o mar deveria desaguar.<br />
Ama-a. Mas nada sabe dos motivos do coração. Vive como se a vida fosse um ecrã de televisão, onde o romance se assiste de fora e os anúncios são a vida real...<br />
Quando fecha os olhos e se esquece da auto-imagem estática que tem de si mesmo, é na sua pele que se perde, no seu cheiro que se funde. Por entre os fios escuros do seu cabelo, vive a brisa do oceano e no seu sorriso encontra a água fresca depois de uma tarde de calor.<br />
Ama-a. Mas perde-a por entre os passos do que deveria ser, sem se dar conta da sua alma a gritar sobre o que poderia ser.<br />
Foge das suas lágrimas e dos seus gritos de desespero, esquecendo que da chuva nasce a semente e do som, as melodias...<br />
Cala a sua alma, negando a sua existência, e escolhendo uma e outra vez o mundo a preto e branco.<br />
Ama-a.<br />
Mas não o sabe.<br />
E ao afastar-se... pergunta-se onde terá deixado a sua alma, no caminho.Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-3954748542526530122012-03-09T21:27:00.003+00:002012-03-09T21:27:45.064+00:00Balanço<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciOVCyS8ri1NogzpOlDnlcRadLqQ5sRPscGpjyDYOZQELBNEatJqphLGst2z2lxzYQTAfF-g8_swIJysQ1KVFTC5xxpsyQon_zHHcFfFRdejoz6wWcWZvgz8g2ifO-c0lLwfOMQ/s1600/49055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciOVCyS8ri1NogzpOlDnlcRadLqQ5sRPscGpjyDYOZQELBNEatJqphLGst2z2lxzYQTAfF-g8_swIJysQ1KVFTC5xxpsyQon_zHHcFfFRdejoz6wWcWZvgz8g2ifO-c0lLwfOMQ/s400/49055.jpg" width="263" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Este ano, depois de fazer o meu "Mapa do Tesouro", percebi várias coisas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
A primeira delas foi que a minha mente/ consciência /alma / capacidade de encaixar o mundo, expandiu... a tela que comprei era o dobro da tela do ano passado, apesar de a ter adquirido convencida de que era do mesmo tamanho... só em casa me dei conta de que o que era "grande" o ano passado, este ano já não parecia assim tão grande.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Outra das coisas que percebi foi que, apesar de ter enchido a tela de desejos, sonhos, palavras inspiradoras, imagens maravilhosas e cor... pedi muito menos coisas... e focalizei-me muito mais em algumas coisas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Não preciso de muita coisa, mas sei cada vez mais e melhor aquilo que quero. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
É uma sensação maravilhosa entender - finalmente - numa dimensão anteriormente não ouvida, as notas com que toca a minha alma, as cores com que pinta e as formas que gosta de moldar.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Os preços a pagar por isso não são menos difíceis. Agora é tempo de despedir-me do que não quero, limitar as minhas escolhas - e sim, isso chama-se liberdade, por paradoxal que seja - e focalizar-me cada vez mais em quem sou. Quem diria que sermos uma melhor versão de nós mesmos é algo tão facilmente "escapável" por entre os dedos e as rotinas?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Ando assim, nesta roda viva de luz e sombra, tecendo nas pontas dos dedos uma nova história... onde danço com vestidos vermelhos compridos, com mangas largas, como um dia me foi descrito... ah... e continuo despenteada.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Basicamente, sou mais feliz.</div>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-39157481024180272222011-09-16T17:12:00.001+01:002011-09-16T17:12:29.344+01:00:)"Se escrevo, tenho medo que se concretize. Se amo alguém, tenho medo de o perder. No entanto, não posso deixar de amar, nem de escrever."<br />
Isabel AllendeLitahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-92036075035829030252011-08-25T17:47:00.003+01:002011-08-25T17:55:42.754+01:00O verdadeiro sentido de "pavonear-se"Chegámos a Faro estafadas, depois de um piquenique na Serra, muita gargalhada e correria atrás das crianças.
<br />
<br />Já a voltar para casa, viramos numa esquina e somos obrigadas a parar drasticamente, devido a um engarrafamento da rua... mais especificamente, 3 <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">pavões</span> que atravessavam a estrada. Sim, leram bem... posso voltar a escrever. Eram 3 <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">pavões</span> a atravessar a estrada!!!!!
<br />
<br />Nas calmas... assim como são os <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">pavões</span>... :D
<br />Um ainda me lançou um olhar 39, tipo... abranda que eu estou a passar. Um segundo achou que o carro era um repentino e agradável lugar de sombra! A modos que, entre caras estupefactas e gargalhadas lá conseguimos passar.
<br />
<br />Chegadas a casa da <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">Kayla</span>, ela resolve ligar para a Câmara, pois - obviamente! - os <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">pavões</span> tinham fugido da Alameda (espaço verde com aves).
<br />
<br />Telefonema:
<br />- Estou sim? Estou a ligar porque ali ao pé da Pedro Nunes encontrámos 3 <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">pavões</span> a atravessar a estrada. Devem ter fugido.
<br />- Ah, não... é <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-corrected">normal</span>... eles costumam dar uma <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">voltinha</span>. Gostam de ir até à Avenida 5 de Outubro.
<br />- ... é normal, então?
<br />- Sim, sim... estão só a passear. Mas obrigada pela preocupação com os animais...
<br />
<br />E lá está. Afinal é rotina 3 <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">pavões</span> saírem de casa para ir dar uma <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">voltinha</span> à avenida, quem sabe beber um sumo de limão... e depois voltam tranquilamente. Presumo que a <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">Disney</span> não queira fazer um filme sobre eles, não?
<br />Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-7236876121851287682011-08-24T01:58:00.003+01:002011-08-24T02:07:25.136+01:00Low expectations???!!!A minha amiga Bisturi referiu hoje, numa conversa casual, que gostava de baixar as expectativas da vida para ser mais feliz.
<br />Uma opinião, somente, caso ontem à noite, num livro, não me tivesse encontrado exactamente com a mesma questão e não tivesse ficado a pensar nela.
<br />
<br />Em verdade, aquilo que nos desilude, mais do que a vida ou os outros, é o "peso" das expectativas que colocamos e, cima das coisas. Nisso acredito absolutamente... porém, não consigo pacificar-me com esta opinião. Pode ser somente uma questão de gramática. Mas para mim, tentar não ter expectativas ou baixá-las tem um peso muito diferente. Não ter expectativas - dentro do que nos é possível - significa acreditar que a vida nos dará aquilo que precisamos e que posso seguir o curso dos acontecimentos sem achar que estou a ser "traída" pelas ilusões que coloquei...
<br />Te expectativas baixas, para mim, entra já no âmbito do pessimismo... e isso é igual a ter grandes expectativas, não? É uma espécie de "não vou ter animal de estimação, porque um dia ele vai morrer e eu sofro..."
<br />
<br />Não sei... pode ser má interpretação minha. Ou meramente má vontade. Mas não me vejo a ter "baixas expectativas" da vida. Not today... ;)
<br />Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-41453258578462676292011-08-22T15:04:00.002+01:002011-08-22T15:07:38.388+01:00Verdade, verdadinha...
<br />Depois <a href="http://deambulando-no-sentir.blogspot.com/2010/09/desafios.html">disto</a>, tenho de confessar: desencostar do sofá tem mesmo muito que lhe diga...
<br />Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-78328458985227201222011-06-09T21:30:00.003+01:002011-06-09T21:35:09.411+01:00Entre linhasÉ bonito chegar aqui e perceber que, apesar de ter somente um post em 2011, ganhei mais 13 seguidores... :)<br /><br />Tenho saudades do Pequeno Pormenores, mas tenho pouco para lhe dizer. Sinto-me diferente desta Lita que aqui escreve e não estou com disponibilidade para encontrar pontes.<br /><br />Não lhe posso colocar um fim, mas também não estou a conseguir dar-lhe continuidade. VOu dando... noutros locais, de outras formas... mas não aqui.<br /><br />Por isso, o Pequeno Pormenores vai de férias. Licença sem vencimento, para pensar no que fazer.<br /><br />A Lita? Está a desfrutar maravilhosamente da Vida!<br /><br />Abraço imenso.Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-54785934902258515762011-02-07T00:52:00.002+00:002011-02-07T00:56:57.549+00:00Deambulando...Os que mais amamos são também os que nos vêem mais vezes sem maquilhagem. :)<br /><br />E nem sempre é fácil fazê-lo. Nem sempre o fazemos com carinho. Na maioria das vezes, não o duvido, a intenção é essa. Mas na prática, muitas coisas saem tortas.<br /><br />Porquê? Não sei. Talvez conheçamos mesmo aquela pessoa melhor do que ela julga que conhecemos. Talvez a vejamos com olhos de passado, sem reconhecer o quão diferente está no presente. Talvez não tenhamos, pura e simplesmente, paciência. Qualquer uma das três é viável. As três juntas.... muito mais viável! :) E não há qualquer paradoxo nisto.<br /><br />A verdade é que, por vezes, as pessoas saem magoadas. Uma questão de espelho? Absolutamente! Necessidade de nos pormos em causa? Completamente. Falta de aceitação? Também. Aceitar que o outro só irá até onde estiver disposto a ir? Independentemente do quão dispostos nós estejamos? E coragem e humildade para ir onde queremos, apesar do outro - na nossa opinião - dar menos passos? São desafios? Nem sempre ultrapassados. E daí a necessidade de mais e mais desafios. :) O Universo tem tempo.... :)<br /><br />Quanto ao resto, respirar enquanto fazemos o que conseguimos do trabalhinho e deixamos as feridas sarar.<br /><br />Ah, e o mais importante, a frase favorita da minha filha: "não importa o quanto eu me zangue contigo, o amor está sempre no coração".<br />Que frase maravilhosa!Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-12229216061003498122010-11-13T22:49:00.001+00:002010-11-13T22:50:45.355+00:00Princesa da Lua<p><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VC5IHBobtMg?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/VC5IHBobtMg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></p><p>E assim se passou 1 ano.</p><p>Parabéns, minha Luanita, meu amor...</p>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-11926555493557165732010-10-13T01:35:00.003+01:002010-10-13T10:23:49.521+01:00LaçosOu melhor, o desatar laços.<br /><br />Falávamos ambas sobre o quão estranhas relações nos trás a vida. Não que sejam melhores ou piores do que as dos demais. Não somos assim tão diferentes.<br /><br />A diferença (ou não) está nos laços. Nos laços que nunca desatamos, que deixamos mergulhados no fundo da alma e que nos consomem, ou nos prendem a voz, os movimentos, o estar. Nos laços que trazemos atados a nós, muitas vezes (suspeito eu) por livre vontade, como se fossem pedaços de pele, de fígado, de feridas que não queremos cortar.<br /><br />Nas memórias que não suportamos deitar fora, ou não teremos sido nós as mais abençoadas, as mais felizes, as mais privilegiadas crianças do mundo????<br /><br />No meu caso então, a coisa é estranha. Pois não são os ódios que me consomem. Não são as "pessoas más" da minha vida, os inimigos, os que traíram ou rejeitaram que me prendem. Nesses, a raiva passa com as estações, com os ventos e as chuvadas que tudo lavam. E seguem o seu percurso, sem que os meus pensamentos, por mais simples que sejam, os incomodem.<br /><br />São os outros, os amores. Os amigos que o são há tanto que se tornaram família, e a quem amo, apesar de já nada terem em comum comigo. Para quem não olharia duas vezes, se os conhecesse hoje.<br />São os amores que o não são mais, mas que o foram um dia. E porquê, questiona-se a minha alma, porquê não amar de formas diferentes quem amei antes. Onde havia partilha, companheiro, paixão, porque não ficou o afecto e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">cumplicidade</span> de quem já se deu?<br /><br />São as marés que não voltam, os luares que me encheram de luz, as músicas que me nutriram...<br />Os laços que não desatamos porque nos tornariam mais pobres, ou seriamos pura e simplesmente mais livres?Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-80519157890823987982010-10-01T13:58:00.001+01:002010-10-01T13:59:53.547+01:00Nota a lembrar:<div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">Colocar Amor em tudo o que toco/faço/penso...</span></strong></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-12206361709080901272010-09-24T11:46:00.003+01:002010-09-24T11:58:00.985+01:00Como (não) ser enganado...Ontem o meu telemóvel de trabalho morreu, ficou <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">surdinho</span>... sim, porque até tocava, mas não se ouvia nada.<br /><br />Como me é <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">imprescindível</span> resolvi comprar um daqueles bem <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">baratinhos</span>, que me <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-corrected">dêem</span> exclusivamente para fazer e receber chamadas, que é o que eu necessito. Hoje fui a uma daquelas <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">lojinhas</span> manhosas de telemóvel, que existem nas estações de comboios e metro.<br /><br />Na montra, uma série de telemóveis com uma placa a dizer "Desbloqueados", a 19,90€. Entrei e confirmei:<br />- Bom dia! Aqueles telemóveis da montra são desbloqueados e novos?<br />- Sim. - diz-me o senhor.<br />- Gostaria de ver aquele <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">LG</span>, por favor.<br />- Esse desbloqueado é 25€.<br />- Desculpe? Na montra diz 19,90€.<br />- Sim, mas é para a <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">Vodafone</span>. Desbloqueado é 25€. - diz o gajo, na maior.<br />- Mas tem noção de que diz desbloqueado, certo?<br />- Mas é desbloqueado para a <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">Vodafone</span>.<br />- ... - respirei fundo. - <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">Ok</span>, então e telemóveis para a <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">TMN</span>, que preços tem?<br />- 19,90€, sem cartão. Com cartão é 25€.<br />- ... Os telemóveis <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">tmn</span> trazem todos cartão. Por isso é que são <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">tmn</span>.<br />- Pois, mas com cartão são 25€.<br /><br />Foi quando eu decidi que não iria desperdiçar o meu tempo e a minha energia num local daqueles. Fui à <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">PhoneHouse</span> e comprei um <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">tmn</span> por 19,90€. Com cartão!!!!!<br /><br />Do <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">you</span> <span id="SPELLING_ERROR_15" class="blsp-spelling-error">believe</span> <span id="SPELLING_ERROR_16" class="blsp-spelling-error">this</span>?????????Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-36681254792576195852010-09-07T11:25:00.002+01:002010-09-07T11:43:40.432+01:00DesafiosQuando nos "encostamos" no sofá, há que ter consciência de que não vai durar para sempre.<br /><br />O que é engraçado é que encostar no sofá nem sempre é sinal de conforto, de bem-estar, de felicidade. Por vezes é por hábito. Por inconsciência. Por não pensar muito no assunto. Por medo.<br /><br />Mais engraçado é o facto do sofá, geralmente, ter uma mola solta que nos magoa, ou possuir já a forma do nosso corpo, ou fazer doer o pescoço. Enfim...<br /><br />É um desconforto conhecido. Uma dor familiar. Mói, mas não mata. Vai matando...<br /><br />Sabemos que algo não está bem, mas não nos apetece, não sentimos forças, não queremos lidar com isso. Mesmo quando já sabemos que, aquilo que não fazemos, a vida faz por nós.<br /><br />Então o sofá parte-se, ou a mola solta-se... ou... a sala deixa de ter espaço para ele. E ali estamos nós, em pé, sem sofá, com a sala completamente diferente e sem saber muito bem o que fazer.<br /><br />Há muito que eu <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">intuía</span> que o meu sofá me causava demasiadas dores e que sentar-me ali era mais do que um hábito. Era uma absoluta perda de tempo.<br />No entanto, nunca estamos preparados para deixar de ter lugar para sentar...<br /><br />Sinto-me perdida.<br />Agarro-me às minhas conquistas.<br />Crise é sinal de oportunidade. E sei que ela está aí, é uma questão de perceber os sinais, de não me fechar, com medo, e de a deixar entrar. Sei que a mudança é uma coisa boa e que a vida é generosa por me <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">proporcionar</span> tal experiência.<br /><br />O que não faz com que seja menos doloroso.<br />Mas é menos assustador. E menos solitário.<br />Sou grata por isso.Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-7978501135387881122010-07-29T13:52:00.002+01:002010-07-29T14:04:03.097+01:00Para pensar ou... da prática do Bem ComumAchamos que sabemos tudo. Ou que sabemos muito.<br />Somos bem educados. Lemos bons livros.<br />Podemos ser espiritualizados. Ou bons cidadãos.<br />Temos casas confortáveis, algum dinheiro no banco, roupa da estação.<br /><br />Temos teorias fantásticas sobre a origem do mundo, o bem e o mal, a ciência e a religião, o amor, a poupança de recursos e tantas outras coisas.<br />Somos tão fantásticos!!!!!! Temos tantas certezas.<br /><br />Mas <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">esta</span> manhã, entre todos os que estávamos na estação dos comboios, foi um homem sujo e mal vestido, sem casa e sem trabalho, um sem-abrigo que por ali passou, que apanhou as pontas de cigarro que estavam no chão. E as colocou no lixo. Sem hesitar.<br /><br />Dá que pensar, não é?Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-61078508738653779352010-07-28T20:04:00.000+01:002010-07-28T20:39:00.892+01:00O ChicoEra o nome dele.<br />Um rapaz ruivo, barbudo e com um sorriso simpático, que costumava aparecer na praia, ou na discoteca que frequentávamos.<br />Não haveria nada para dizer deste rapaz, que nunca teria frequentado a minha casa, ou estado com os meus amigos, se a Paula não estivesse perdidamente apaixonada por ele.<br /><br />A Paula era minha amiga desde sempre, <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">crescêramos</span> juntas nas dunas daquela praia mágica onde vivi a minha infância e <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">adolescência</span>. Era dois anos mais nova do que eu, apesar de sempre se ter dado com os amigos do irmão mais velho e, por isso, não se notar qualquer diferença de comportamentos entre nós.<br /><br /><br />Naquele Verão, e nos dois ou três que se seguiram, a Paula estava diferente. Apaixonada, triste ou muito alegre, dependendo da distância a que estava do Chico, e muito perdida.<br /><br />O Chico? Nada tinha de especial. Não era um rapaz bonito, não lhe notava nenhuma <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">característica</span> <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">extraordinária</span>. Era simpático e usava charme a torto e a direito. Para todos os lados.<br />Percebemos a tristeza da Paula com facilidade. A mesma que a fazia ir para os bares onde ele estava, sair deles a chorar. A mesma que a fez ter mil e um namorados, numa vã tentativa de ultrapassar a dor, dor essa que a fazia terminar a relação e destroçar alguém que a ela se entregara com sinceridade.<br /><br />Quem é que não sofreu por amor?<br /><br />O Chico? Parecia esquecer-se dela até a ver surgir de namorado novo. Nessas alturas, a vontade de estar connosco aumentava, quase forçando as amigas dela a serem íntimas dele, aumentando-lhe não só a insegurança, em relação ao novo namorado, como os ciúmes...<br /><br />Estava um dia na praia, gostava de me sentar naquele banco mágico a olhar o por-do-sol. A filha do meu vizinho apareceu, uma menina linda, com uns 3 anos de idade, caracóis louros e olhos de um azul brilhante. Fiquei ali, a brincar com ela, enquanto os <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-corrected">últimos</span> raios de sol brincavam com a minha pele e a maresia me relaxava.<br /><br />A <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">Scooter</span> subiu a passadeira e o Chico desceu dela e instalou-se ao meu lado. A familiaridade que eu tinha com ele vinha através da Paula. Ou da discoteca, de o ver na praia. Falava com ele. Não era meu amigo, sequer.<br />- Que criança linda! - disse ele de repente. - Tenho tanta vontade de ser pai. Já imaginaste nós os dois juntos com uma coisinha assim?<br /><br />Não sei se fiquei de queixo caído. Mas a minha alma ficou. Que raios????<br />- Não...<br />Foi tudo o que consegui dizer, meio aparvalhada.<br /><br />Era dali o charme estranho com as raparigas. Haveria mesmo quem caísse naquela <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">converseta</span> idiota? A Paula não via isso? Parecia que não, a paixão é mesmo cega. Mas assim era o Chico, com uma conversa <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">insana</span> e na qual ele parecia acreditar piamente... nos minutos em que tinha. Depois disso comecei a reparar mais atentamente e, de facto, era assim que o rapaz conquistava namoradas. Com palavreado sem nexo, imagens de um futuro brilhante ao lado da rapariga, ainda que ela fosse uma desconhecida, e um desaparecimento rápido na sua imparável <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">Scooter</span>.<br /><br />Enfim...<br /><br />A Paula hoje é uma mulher realizada. Casada com o homem que escolheu e que a ama, com um filho maravilhoso. Encontro-a uma vez por ano, num jantar de amigos onde toda a gente ri muito, recordando episódios bons e maus, mas todos saudosos, daqueles tempo.<br /><br />O Chico? Ninguém fala dele. Porque ninguém se lembra. Nunca mais o vi. Nunca mais soube nada. Até hoje, nunca o recordei.<br /><br />Porque é essa a energia de quem não se dá. De quem nada tem de verdadeiro e bom para oferecer. Um dia... ninguém se lembra de que existiu. Porque nada deixou para recordar.Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-83952145492261674772010-07-19T16:26:00.003+01:002010-07-19T16:32:07.098+01:00Super heroinas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFq2BPLVsEdHQyk-8jf9l-dWjoO9AtkqEFVo6sjOaSZoAFC_EB8aokutiG8ik1kmQPhqh-I3_2D_ajtUUIFHGF_5plJOLgHUO9RKmw_y71-sDsUT4m5XX-YK3TZa59yTxDGR3ig/s1600/angelina-jolie.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5495639224980921458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFq2BPLVsEdHQyk-8jf9l-dWjoO9AtkqEFVo6sjOaSZoAFC_EB8aokutiG8ik1kmQPhqh-I3_2D_ajtUUIFHGF_5plJOLgHUO9RKmw_y71-sDsUT4m5XX-YK3TZa59yTxDGR3ig/s320/angelina-jolie.jpg" /></a><br />Depois dos últimos 4 dias, fiz uma descoberta.<br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">Dsscobri</span> finalmente quem são os verdadeiros super-<span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">herois</span> deste mundo.<br /><br />Para vos dar uma pista...<br />Têm mais força do que o Super-Homem, mais energia do que a <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">Lara</span> <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">Croft</span>, mais agilidade do que o Homem Aranha e mais resistência do que o <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">Batman</span>...<br /><br />Andam por aí todos os dias e mal damos conta da sua existência. Ainda por cima, são responsáveis por grande parte da educação da humanidade.<br />E não, não é nada fácil.<br /><br />Este <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">post</span> é um ode aos verdadeiros Super-<span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-corrected">Heróis</span>...<br />.<br />.<br />.<br />.<br />.<br />.<br /><br /><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">... AS MÃES SOLTEIRAS!!!!!</span></strong></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-31985839847603123402010-06-08T15:42:00.003+01:002010-06-08T15:56:47.629+01:00Porque me diz respeito...<p><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/6M7nfx1eanE&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/6M7nfx1eanE&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></p><p>Já postei este vídeo no <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">facebook</span>, mas não me "livro" da sua mensagem e por isso, resolvi que viria para aqui também.</p><p>Fui atacada pelo vírus da responsabilidade social? Advogo o reinado dos <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">vegans</span>...? Nada disso.</p><p>Mas foi através de uma conversa que me dei conta de uma coisa. Há respostas que nós não sabemos dar, porque pura e simplesmente não fazemos as perguntas. Porque é confortável ficar no nosso sofá, sem questionar o preço dos nossos hábitos de vida!</p><p>Em criança aprendi a beber leite com a imagem daquele velhote simpático que vai com um balde ao estábulo para tirar leite das vaquinhas simpáticas... que até o têm em demasia! E depois disso nunca me perguntei se ainda assim seria.</p><p>Aqui, para mim,não está em questão se o leite faz mal ou bem, se <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">deveríamos</span> bebê-lo ou comer carne, ou qualquer uma dessas questões. Essa é outra discussão. Para mim, o que está em causa neste vídeo - e este é apenas uma resposta de tantas perguntas que não fazemos - é a desumanidade contida nas nossas escolhas. A falta de consciência.</p><p>Para quem gosta e quer beber leite e os seus derivados, não haverá outra forma de o fazer? Uma que não envergonhe a nossa raça? Uma que dignifique os animais que <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">co</span>-habitam connosco, em vez de os maltratar? Uma que não enriqueça cada vez mais corporações que nada têm na cabeça que não o poder, a qualquer preço?</p><p>Recuso-me, pura e simplesmente, a acreditar nisso. E recuso-me a fingir que não sei, apenas porque não faço as perguntas certas. Para mim, já não funciona.</p>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-8752237897052572842010-05-13T10:26:00.005+01:002010-05-13T10:32:16.586+01:00Cada vez mais nosso...<strong>O nosso mundo</strong><br /><br />Eu bebo a Vida, a Vida, a longos <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">tragos</span><br />Como um divino vinho de <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">Falerno</span><br />Poisando em ti o meu olhar eterno<br />Como poisam as folhas sobre os lagos...<br /><br />Os meus sonhos agora são mais vagos<br />O teu olhar em mim, hoje é mais terno...<br />E a Vida já não é o rubro inferno<br />Todo fantasmas tristes e presságios!<br /><br />A Vida, meu amor, quero vivê-la!<br />Na mesma taça erguida em tuas mãos,<br />Bocas unidas hemos de bebê-la!<br /><br />Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...<br />Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?...<br />O mundo, Amor!...As nossas bocas juntas!...<br /><br />Florbela EspancaLitahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-52337993384108495822010-05-11T17:51:00.003+01:002010-05-11T18:00:31.555+01:00EspelhosCarolina amava-o.<br />Pensava que sim. Sentia-o. Fantasiava-o. Sonhava-o.<br />Na verdade, somente acreditava que o amava. Nunca uma palavra trocara com ele, desde a noite em que o encarara, no Baile da aldeia. Desde esse sábado, todos os dias caminhava de outra forma, na esperança de dar um vislumbre de elegância. Penteava o cabelo como nunca o fizera antes, solto, brilhante e sedoso, esquecendo a trança simples doutrora. Esquecera as camisas largas e as calças confortáveis, trocando-as pelas justas, e pelas camisolas e decote em V.<br /><br />Mas era muito raro encontrá-lo ao longo da semana, pois Bruno era da aldeia vizinha, onde também trabalhava. Por vezes, lá aparecia no Café da Esquina, para jogar <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">Snooker</span> com os rapazes. Mas era raro.<br /><br />Porém, aos sábados, Carolina enfeitava-se com colares de contas e conchas, brincos compridos e pulseiras douradas. Por vezes vestia saia. Colocava os sapatos de salto. Pintava os olhos com <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">eyeliner</span> preto e colocava o <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">baton</span> cor de rosa.<br /><br />Rodopiava com os rapazes, sem os ver, sorrindo sem vontade, na esperança de um olhar de Bruno, um sorriso, uma palavra.<br /><br />Ele não a via. Não a conhecia. Era como se ela não existisse para ele. Conversava com algumas raparigas da aldeia, ou com outras que o acompanhavam ao Baile. Dançava pouco. Mas nunca a olhara. Ela amava-o. Ele não a via.<br /><br />...<br /><br />Ricardo olhava com um misto de ternura e tristeza para a rapariga que com ele dançava. Dançava com ele, apesar dos seus belos olhos lhe fugirem para a figura do rapaz da aldeia vizinha. Nunca o encarava. Sorria sem vontade. Não via como Ricardo se vestira com cuidado, colocara o perfume caro, que mandava vir da cidade, só para os dias de Baile.<br /><br />Carolina fora desde sempre a princesa do seu coração, desde que lhe emprestara a borracha de cheiro a maçã, na Escola Primária.<br /><br />Amava-a. Ela não o via.Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-28319387.post-79343939013236380652010-05-11T17:17:00.001+01:002010-05-11T17:19:36.159+01:00Decoração<div align="center"><span style="font-size:130%;"><strong>Estive em obras, aproveitei e redecorei a "casa"!</strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;"><strong>Espero que gostem.</strong></span></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/02316917787899856322noreply@blogger.com7