Festa

Saí do trabalho a correr para conseguir apanhar a festa no infantário. Lá esperaram por mim 10 minutos, mas tudo correu bem. Ela brilhava de sorrisos, enquanto lhe cantávamos os parabéns.

Divertiu-se a cortar o bolo e distribuí-lo pelos colegas da sala, que esse é o prazer dela. Bolos, nem lhes toca. Detesta-os.

De manhã, já tinha aberto um pequeno presente, mas conhece-nos bem. Sabia que não ficaríamos

- De certeza que não há mais nada? - perguntava.

De regresso a casa já encontrou mais presentes. Dos vizinhos, amigos, avós emprestadas, que esta miúda tem uma vida social mais activa do que eu. Divertiu-se a brincar com as bonecas novas, enquanto eu corria para o supermercado, tratava do jantar, fazia as saladas, abria a mesa - que não é tão grande assim.

A festa foi para a família. Vieram os avós e os tios e entre risos e brincadeiras, abriu mais prendas, lá foi comendo e brincando, que a excitação era demasiado grande para ficar tanto tempo quieta.

Novo bolo, apagar velas e pedir um desejo "para ficar guardado no coração".

E mais presentes para abrir, finalmente o grande presente da mãe e do pai, um jogo de tabuleiro, daqueles a sério, cheio de bonecada, cartões e aventuras. Adorou! Sentou-se ali mesmo, no chão da sala, a jogar com quem estivesse ao pé.

Findo o jantar, toca de limpar, arrumar, lavar, que amanhã é dia de trabalho. Arrastei-me para a cama, enquanto ela, ainda cheia de pica, trazia uma maleta com as novas "Polly Pocket", para brincar mais um bocadinho. Quando adormeceu, por fim, eu ainda fiz a tentativa vã de ler um bocadinho. Impossível, os braços não tinham força e os olhos fechavam como se não se aguentassem abertos.

Ainda assim, adormeci com a leveza das palavras com que me brindou antes de adormecer.
- Foram os melhores anos de sempre, mamã.

Sábado há mais. E desta vez é para os amiguinhos.
Que todos os santos me ajudem!!!!