quarta-feira, junho 11, 2008

Intolerância...

Gosto de me colocar no lugar das outras pessoas, tentar ver o seu ponto de vista e os motivos que as levam a agir de determinada forma. Na verdade, acredito sempre que, se formos ao fundo de algo, há sempre um motivo consistente (saudável ou não) que determinou um comportamento.

Ainda assim, nem sempre se pode ir ao fundo de qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Por isso, infelizmente, "comemos" muitas vezes com as atitudes mais estranhas, vindas de pessoas que não se dão ao trabalho de se descentrar do seu mundo interior, por momentos. Pior do que isso é a incapacidade de se descentrarem de um mundo interior cujo conteúdo também não é muito claro para elas, pois coisas como "responsabilização" ou "Por-me em causa" dá muito trabalho.

Ok, tendo dito isto, cada vez tenho menos paciência para "rebeldes sem causa". Há comportamentos que fazem sentido aos 15 anos, não aos 27.

Não és tu que és estranho, cada pessoa é diferente e todos nós, em vários momentos, pensamos isso.
Toda a gente tem um pouco de medo de intimidade ou de ser magoado, mas nem todos temos de usar isso como uma coroa na cabeça, símbolo de uma honrosa infelicidade.
"Não voltarei a ser fiel" é apenas um título de uma música de uma banda portuguesa, e não uma bandeira que nos dê algum tipo de estatuto.
As nossas experiências de infância não são desculpa para os nossos comportamentos enquanto adultos. Caso seja difícil crescer, existem opções. Terapia, medicação ou retiros espirituais podem fazer diferença.
As pessoas não são todas nossas potenciais inimigas. O máximo que podemos considerar, é que tenham paranoias iguais às nossas.
Sinceridade e frontalidade bruta são coisas completamente diferentes. Se te recusas a aprender a diferença, não te queixes por seres pago na mesma moeda.

As pessoas, sempre que podem, fazem o melhor que sabem. Até mesmo tu.

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