quarta-feira, dezembro 31, 2008

2009!!!!

Sendo este o último dia do ano, está na altura de fazer "aquele post"... :)

Não vou falar de como foi o ano, apesar de, não tendo sido o melhor de todos, foi muitíssimo importante.

Num ano novo, de alguma forma queremos sempre fazer qualquer coisa melhor, viver qualquer coisa diferente... não sou excepção. Planos? Tenho alguns... mas sobretudo quero estar mais consciente, viver mais intensamente, aproveitar os pequenos - e os grandes - pormenores, dar valor ao que tenho. Quero ser mais grata, a cada dia!

E desejo, verdadeiramente, saúde, amor, alegria, intensidade, equilíbrio para todos!
Deixo-vos com uma música, por nenhum motivo especial (ou se calhar, por todos os motivos), a não ser que me faz sorrir!

Um excelente 2009!!!!


A Borrega e as outras 5

Faculdade. Uma época de festa, cujo motivo eu já não me recordo. Um peddy-papper. E nós resolvemos concorrer. Éramos 6 e andávamos sempre juntas. Nós e os 4 rapazes que completavam o grupo. Chegávamos a ir para a Faculdade às 9 da manhã e sair às 21h, sem ir a uma única aula. Queríamos estar juntos.

Enfim, naquele dia resolvemos concorrer ao peddy-papper. Só nós, as raparigas. E tínhamos de arranjar um nome para o grupo. Dos mil e um nomes sem gracinha nenhuma que nos surgiu, eis que a BC. se salta com um.

- As borregas! O que é que acham? É muita giro!!!!
E, nós, meio boquiabertas, a olhar para ela.
- Estás a gozar, não estás?
- Esse nome é a sério?~
E a BC.:
- Não gostaram? Mas é tão giro, pá! Eu quero esse, as Borregas! É para gozar, é mesmo o máximo!

E a C., que nunca achou muita graça a esse tipo de coisas, foi preencher o papelito e dá-lo aos jovens que organizavam a coisa.
Quando chegou a nossa vez, eles chamaram:
- E o próximo grupo chama-se: A Borrega e as outras 5!

O que vale é que a boa da BC. tem muito bom humor e fartou-se de rir com a cena!

terça-feira, dezembro 30, 2008

No meio de nenhures...

E no dia a seguir a receber o meu computador novo - ao qual dei o nome de Giraço!!! - venho fazer entrevistas para um Centro Comunitário no meio dos confins do mundo, sem água, sem pessoas, com um computador muiiiiiiiiito lento e uma ligação à internet muuuuuuuiiiiiiito fraca.

Tenho de ter a porta trancada, foi-me avisado que costuma ser assaltado uma a duas vezes por semana e como não há campainha e eu estou numa salinha muito pequenina, escura e longe, as pessoas têm de bater à porta com socos ou pontapés (não é um exagero)!!!! E eu assusto-me sempre!!!!:)

E porque é que eu não trouxe o meu portátil lindo?
He! He! He!

Havia falta de computadores no escritório e tive de lá o deixar para as colegas poderem trabalhar... sim, porque três delas continuam à espera de "Giraços" para si.

O dia valeu pelas pessoas que entrevistei, pelo muito que são com o pouco que têm!

Do Amor, ainda sobre o post anterior

ENTÃO Almitra disse:
-Fala-nos do Amor.
Ele levantou a cabeça e olhou o povo; um silêncio caiu sobre eles. E disse com voz forte:
- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir.
E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz poder quebrar os vossos sonhos como o vento norte ao sacudir os jardins.
Porque assim como o vosso amor vos coroa, também deve crucificar-vos.
E sendo causa do crescimento, deve cuidar também da poda.
E assim como se eleva à vossa altura e acaricia os ramos mais tenros que tremem ao sol, também penetrará ate às raízes sacudindo o seu apego a terra.
Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo para vos livrar do palhiço.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.
Então entrega-vos ao seu fogo, para poderdes ser o pão sagrado no festim de Deus.
Tudo isto vos fará o amor, para poderdes conhecer os segredos do vosso coração, e por este conhecimento vos tornardes um bocado do coração da Vida.
Mas, se no vosso medo, buscais apenas a paz do amor, o prazer do amor, então mais vale cobrir a nudez e sair da eira do amor, a caminho do mundo sem estações, onde podereis rir, mas nunca todos os vossos risos, e chorar, mas nunca todas as vossas lágrimas.
O amor só dá de si mesmo, e só recebe de si mesmo.
O amor não possui nem quer ser possuído.
Porque o amor basta ao amor.
Quando amardes, não digais:
-Deus está no meu coração,
mas antes:
- Eu estou no coração de Deus.
E não penseis que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos julgar dignos, marcará ele o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão consumar-se.
Mas se amardes, e tiverdes desejos, deverão ser estes:
Fundir-se e ser um regato corrente a cantar a sua melodia à noite.
Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor, e sangrar de bom grado e alegremente.
Acordar de manhã com um coração alado e agradecer outro dia de amor.
Descansar ao meio dia e meditar no êxtase do amor.
Voltar a casa ao crepúsculo com gratidão;
e adormecer tendo no coração uma prece pelo bem amado e um canto de louvor na boca.

Kahil Gibran, O profeta

Do Amor

Apesar do título, este post prende-se mais com as relações. Hoje dei uma volta a alguns blogs e muitos deles falam de amor, paixão, casamento, relações, desilusões. Dei por mim a (re)pensar sobre o assunto.

Raramente encontro pessoas satisfeitas com o que têm. Se estão casadas, querem estar solteiras. Se estão solteiras, querem estar casadas. Se amam, acham que dói. Se não amam, sentem falta de amar. Se estão satisfeitas com o que têm, é apenas porque conseguem ver nos outros o mal que a outra situação causa. Eu própria me vejo, em determinadas circunstâncias, nesse mesmo papel. É nossa, esta insatisfação, necessidade de ser diferente, ou de ser melhor. O ser humano busca a plenitude da vida, a experiência total e penso que é por isso que a insatisfação surge. Vivemos num mundo dual.

Ainda assim, e por mais que amemos o outro, volto a dizer que não acho que as relações surjam para nos fazer felizes. Surgem para nos fazer viver um pouco mais dessa plenitude. Porque através de uma relação de intimidade, chegamos à sombra do outro e vemos espelhada a nossa própria sombra. É uma oportunidade. Que desperdiçamos tantas vezes...

Tal como chegamos à luz do outro e vemos espelhada a nossa própria luz. Alguém dizia que não nos apaixonamos por ninguém, mas sim pela projecção da luz que emitimos no outro. E desiludimo-nos com a mesma projecção de sombra... a relação acaba por ser sempre connosco. Talvez não seja uma visão romântica do amor... não sei!

Nós queremos que alguém nos faça felizes, que alguém nos venha salvar, que alguém tenha tudo o que não dá qualquer trabalho e nos permita viver uma vidinha de harmonia, sem atropelos... num mundo cuja única certeza é a mudança!

Eu gosto de me apaixonar! Eu gosto de me sentir amada e protegida. Prefiro, sem dúvidas, quando não discuto. Mas uma relação real implica essas partes menos bonitas. Ou não haveria intimidade. E, às vezes, implica fim, porque está na altura de seguir outro caminho.

Se houve intimidade, e não me refiro ao físico, ou ao jantar à luz de velas, valeu a pena. Cumpriu o seu objectivo.

E o amor mais importante, é aquele que tantas vezes adiamos em prole do outro. O amor por nós mesmos.

Engraçadinha!

Se ver novelas já não era coisa para nós, então no Verão, quando se passa férias numa casa de praia, somente com duas amigas e com bares e discoteca ali pertinho, era impensável.

Mas foi a primeira mini-série brasileira a passar em Portugal com um conteúdo erótico um tanto ou quanto explícito. Começámos por ficar as três a vê-la.
O Duarte e o Ponga vinham ter connosco e ficavam. Depois, acabou por vir o Alberto. E a Ana, a Sílvia, o Joãozinho... e acabámos por ter a casa e o pátio cheio de adolescentes que chegavam sempre à hora de ver a Engraçadinha...
Devíamos ter dado um nome à casa, nesse tempo: A Casa das Hormonas Saltitantes!!!

Engraçadinha. Lembram-se dela? ;)

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Jogos

Eu - Estou?
Ele - Tu és impressionante! Andas mesmo fugida!
Eu - G., és tu? Desculpa? Acho que não estou a perceber!
Ele - Estou farto de te telefonar e nem te dignas a atender-me o telefone!
Eu - Não ouvi. O telefone está mesmo aqui atrás de mim e não tocou uma única vez.
Ele -Sim! Farto-me de te ligar e ao teu marido e nenhum de vocês atende!!! Há dias que ando a tentar falar convosco a ver se nos encontrávamos antes do Natal.
Eu - Mas… tens estado cá?
Ele - … ahhhh… não. Pois, porque tu és sempre a mesma coisa, nunca ligas, nós é que temos de andar atrás de vocês, nunca telefonam… blá, blá, blá, blá…. Blá, blá, blá…então, não dizes nada?

Eu - Feliz Natal, G.!
Ele -Pois! Nem sequer pude dar Feliz Natal… bláblá…. Blá. Então, e quando é que nos encontramos?
Eu - Não faço ideia. Logo se vê.

E quando desliguei questionei-me porque raios é que alguém ficaria com vontade de se encontrar com uma pessoa assim? Na verdade, não havia quaisquer chamadas não atendidas, e eu sabia disso. Aquilo é dele. Iniciar uma conversa a cobrar, tentando incutir-lhe um sentimento de culpa saberá Deus porquê, uma vez que ambos ficaram o mesmo tempo sem ligar, para conseguir encontrar-se com essa pessoa… não seria mais fácil um “olá, estou com saudades, vamos encontrar-nos?” Não se conseguiria mais assim? Isto diminuí, de alguma forma, uma pessoa????

O G., como algumas pessoas que eu conheço, vive no mundo como se estivesse em combate. Tem de sair sempre a ganhar, mandar a boca mais dura, cobrar de tudo e todos, ter mais dinheiro, mais posses, mais tudo… após alguns anos a ter-me na família, parece ainda não ter percebido que as coisas nas quais ele acredita são as que menos me interessam. Não percebe o que perde da vida, ao não permitir-se ser tocado por ela. Na opinião dele, devo ser eu a perder, imagino...

Em determinada altura, entrei em confronto com ele, mas apercebi-me que nesse jogo – claramente dele – a minha energia era sugada até ao tutano. Já não o faço. Mas também já não me encontro com ele porque ele cobra. Deixo-o combater sozinho…

Um dia, a respeito de cobranças, contei-lhe uma história que, obviamente, ele não percebeu.

Era algo que eu li não sei onde, em que perguntaram a uma menina como se chamava o gato dela.
- Não tem nome. – respondeu.
-Então, como é que o chamas? – voltaram a perguntar.
- Não o chamo. Ele vem quando tem vontade.

A média não é má!!!!

E exactamente 5 meses e 28 dias depois de começar a trabalhar, chegou o portátil que me estava atribuído desde a segunda semana de trabalho!!!!
Nada mau!!!

O efeito de um homem bonito...

Ele saiu do restaurante e acendeu um cigarro, passando lentamente à frente do quiosque. Era alto, moreno, tinha uma camisa em linho azul e, ao olhar na nossa direcção, vi-lhe uns extraordinários olhos verdes. Era absolutamente lindo! Eu e a Xana não tirámos os olhos da figura.

Não sei se reparou e o fez propositadamente, mas levou a mão aos bolsos, olhou para as moedas e aproximou-se.
- Per favore... - a voz, para além do sotaque sexy, era grave. - O que posso comprar com isto?
Abriu a mão e mostrou-nos duas moedas de 20$00 (o euro não era nascido, ainda...).

Ainda "a babar", eu e a Xana olhávamos para a mão dele e novamente para o rosto, incapazes de fazer trabalhar o cérebro.

A Kaila se aproximou, pegando num pacote de amendoins e entregando-lhe:
- Isto!
Foi nessa altura que ela reparou no tipo, entrando na mesma estranha letargia que nos tinha levado os neurónios.

Ele sorriu.
- Gazie!
E nós três fizémos aquele ar ridículo, sorrindo, abanando a cabeça e deixando a baba cair, enquanto ele regressava ao restaurante.

domingo, dezembro 28, 2008

Crises e Oportunidades

Há um ano atrás, ofereceram-me um emprego irrecusável que, no final, era apenas fogo de vista. Nem cheguei a começar. Mas, entretanto, já tinha saído do local onde estava.

Início do ano, uma família, contas para pagar e ali estava eu, desempregada. Apesar de tudo, acabou por não ser tão dramático como se antevia.

Não acredito em coincidências e sabia que aquilo não estava a acontecer sem motivos. Na verdade, sentia que estava na altura de sair de onde estava ou não o teria feito com tamanha prontidão.

A verdade é que, um mês depois, resolvi aceitar a coisa e ver o que é que a vida tinha para me dar. Tinha um projecto para acabar, em casa, que me deu mais prazer do que a maioria das coisas que já fiz na vida. Dinheiro, ia fazendo uns biscates, umas traduções, arranjei um part-time que não tinha nada a ver com a minha área... enfim, safei-me.

Cerca de duas semanas depois de terminar esse projecto, o emprego novo chegou. Veio por e-mail, com oferta. Fui à entrevista e uma semana depois estava a trabalhar. Pensei ter aprendido, nesta altura, que temos de aproveitar aquilo que a vida nos dá, as oportunidades escondidas por detrás de um "problema".Mas esquecemo-nos com facilidade destas coisas...

Tenho andado numa correria, porque quero fazer tudo, os trabalhos, estar com a família, organizar a casa e a vida... entre mais mil e uma coisas... e depois vem uma semana de férias, em que sabemos que vamos ter pouquíssimo tempo, mas não deixamos de pensar "vou organizar-me naquela altura".

Resposta: gripe com otite e quatro ou cinco dias de cama. Não dá para manipular a vida. Não existem dias para planos de vida. Há que agir, a cada instante, com o que temos. E aproveitar. Esta é a lição que (re)tirei dos últimos dias...

A coisa mais sábia a fazer, e que não fiz com a devida frequência, seria deitar-me e ler os livros que estão ali, a piscar-me o olho.

Indecisão...

No dia em que ele resolve dar-lhe banho e, na ausência de amaciador, resolver pôr-lhe ÓLEO DE COCO no cabelo não é motivo suficiente para começar a gritar, pois não?

É agora...

... que vou começar a preparar-me

para regressar ao trabalho!!!!

Smile

- Escrever faz-te bem! - comentou ela, em forma de elogio.
E eu JURO que gostei de ouvir....

Sunday's coffee

Abrigo-me do frio, aconchegando o casaco ao pescoço, enquanto o eco dos meus passos me absorve os pensamentos na manhã deserta. É um conforto, um ritual que preservo com alguma insistência... acordar cedo num domingo de manhã. A liberdade de encontrar ruas só nossas, o silêncio do dia, ainda, a despontar.

Aquele instante é meu. Não há vozes, não há planos, nada permanece para além da promessa de um dia inteiro pela frente. Mas não é o melhor.

Ele chega à minhas mãos, quente, o odor que sempre me inebriou e que me leva a trazê-lo para perto, como se o sentisse pela primeira vez. Depois o primeiro gole, amargo, quente, forte. Único. O café do domingo de manhã. Solitário, íntimo, meu.

Gosto de começar os dias assim.

Excelente domingo para todos...

“Ao julgar os outros, ficamos sem tempo para os amar.”

Madre Teresa de Calcutá

sábado, dezembro 27, 2008

É oficial!

Dois pares de meias, umas pantufas e o aquecedor ligado...


...e continuo com os pés gelados!!!!!

Avô João

Hoje farias 87 anos. Já te foste há tanto tempo...
Ainda assim, consigo recordar o teu cheiro, a pele áspera e morena, o riso e a voz suave. Consigo sentir-me menina no teu colo, ouvindo histórias do mar, rindo com as tuas cócegas.
Ensinaste-me a nadar, a pescar num barco a remos, mostravas-me os Hotéis que tinhas pintado, com o mesmo orgulho com que um escultor mostra a sua obra. Para ti, não havia diferença, amavas o que fazias.

Utilizavas com a mesma doçura o mesmo nome para mim e para a avó, "Lita". Nunca percebi porquê, mas sabia-me bem...

Lembro-me de vos ver de mãos dadas, quando passeavam na rua, da tua mão acariciar-lhe a perna, quando viam televisão, nunca te vi dar-lhe menos do que um sorriso ou um abraço. Convosco descobri o que é viver o amor, de uma forma real.

Obrigada por teres sido tudo o que foste. Obrigada pelo amor. Vives aqui, sempre!
Parabéns!

Cativar, ou o texto mais bonito de sempre

"Foi então que apareceu a raposa.
—Bom dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu o principezinho com delicadeza (...). — Quem és tu? És bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste...
- Não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.-
(...)
-É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar laços”...
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. - Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no Mundo. Serei única no Mundo para ti.
(...)
Mas a raposa voltou à mesma ideia:
- Levo uma vida monótona. Eu caço galinhas e os Homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais e todos os Homens são iguais. Por isso me aborreço um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Vês lá adiante os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste. Mas os teus cabelos são cor de oiro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é doirado, fará lembrar-me de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo...
A raposa calou-se e olhou por muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Tenho muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer outras coisas.
- Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. - Os Homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os Homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.
- Como é que hei-de fazer? disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto...Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora. Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração, a vesti-lo,a -lo bonito... São precisos rituais.
(...)
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - Agora vou chorar...
(...)
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
(...)
- Adeus - disse a raposa. - Vou dizer-te o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos. - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."

Antoine De Saint-Exupery "O Principezinho"

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Oldie again

Continuamos numa de Paul McCartney (nem me perguntem porquê). Hoje, mostraram-me esta música, perguntando se me lembrava dela. Obviamente, quem não achava esta música linda, há vinte anos atrás (tantos?)?
Foi ao ouvir a letra, também ela muito bonita, que resolvi colocá-la aqui, dedicando-a à minha amiga Kaila, e ao seu tardio Homem do Condomínio. Enjoy!





I can wait another day until I call you
Youve only got my heart on a string and everything a flutter
But another lonley night (and another, and another)
Might take forever(and another, and another)
Weve only got each other to blame
Its all the same to me love
cause I know what I feel to be right
No more lonely nights
No more lonely nights
Youre my guiding light
Day or night Im always there

May I never miss the thrill of being near you
And if it takes a couple of years
To turn your tears to laughter
I will do what I feel to be right

No more lonely nights
Never be another
No more lonely nights
Youre my guiding light
Day or night Im always there
And I wont go away until you tell me so
No Ill never go away

Yes I know what I feel to be right
No more lonely nights
Never be another
No more lonely nights
Youre my guiding light
Day or night Im always there
And I wont go away until you tell me so
No Ill never go away
I wont go away until you tell me so
No Ill never go away
No more lonely nights, no no ...

Nectar dos deuses...

Para uma noite mais tranquila, ou um momento de conforto, nas tardes frias de Inverno.

Leite com mel e canela...

... hmmmm...
PS. No caso de se optar pelas tardes, aconselho um sofá confortável e um bom livro.

Do casamento

"You two are crazy to get married. Marriage ruins everything."
Miranda, in Sex and the City- the movie

Questiono-me quantas pessoas não terão já dito ou pensado esta frase. Pessoas casadas, claro.
Dou por mim a vê-la surgir na minha mente, por vezes a verbalizá-la, para ele, ou para amigas. Conheço-me o suficiente para, neste momento, ver isso como uma coisa normal, saudável como uma ida ao ginásio para relaxar... pensá-lo uma ou duas vezes por semana não é igual a pensá-lo uma ou duas vezes por hora, e essa situação também já vivi. Para além disso, não é real.

Quando "juntámos os trapinhos", o primeiro impacto foi aquele em que eu nunca tinha, sequer, pensado. A partilha de espaço. De espaço físico, psicológico, de pensamentos, de resmungos, de pratos, de lençóis. Fazê-lo durante um dia, um fim de semana, uma semana de férias, é uma coisa. Fazê-lo como rotina é outra. Discutir com alguém e continuar a habitar, respirar o mesmo espaço... verdadeiramente asfixiante.

A segunda coisa foi o comportamento dos outros. As amigas, quase por instinto, deixaram de ligar com a mesma facilidade. Os convites para sair, conversar, dançar, diminuíram. Quando me queixava, diziam-me que eu "era casada", que nos convidariam quando fosse para sairmos os dois. Uma disse-me, uma vez, que eu agora era feliz, já não precisava de sair à noite. Nunca me tinha apercebido que era infeliz, quando saía à noite... estranho.

Uma vez, uma delas, em pleno desgosto amoroso, ligou-me apesar de, desde sempre, contar com outra amiga como confidente. Quando a confrontei com isso, respondeu-me que eu entendia melhor, era casada, que precisava do conselho de alguém mais maduro. Também não me apercebi que o casamento me tinha amadurecido...

Mais tarde, numa crise conjugal, senti saudades de ser solteira, de viver sozinha, de voltar a ter um espaço só meu, de conhecer pessoas interessantes...

E foi na lenta recuperação dessa crise que descobri que não era o casamento que tinha estragado tudo. Era eu, as pessoas à minha volta que acreditavam que ser casado era ser diferente, não ter dúvidas, ou problemas, não me sentir só, não ansiar pelo inesperado. As próprias crenças que se tecem à volta deste. Sobretudo eu. O casamento tem coisas parecidas com o Natal, ou se ama ou se odeia, mas nunca se olha para ele como uma experiência única para cada pessoa.

A verdade é que as "frases feitas" não passam de desculpas. Não somos mais felizes por sermos casados ou solteiros. A felicidade tem a ver com o grau de honestidade para connosco, e o preço que estamos dispostos a pagar por isso.

Não existe um livro de reclamações para os idiotas que nos fizeram crescer a acreditar no "felizes para sempre", ou nos cavaleiros de cavalo branco. Não podemos esperar ser salvos, nem salvar ninguém. Não podemos chamar isso de amor.

A verdade é que por vezes odeio estar casada, outras vezes adoro, mas continuo a sentir-me com dúvidas, insegura, zangada, feliz. Gosto de sair sozinha à noite, com as minhas amigas, e aguento um flirt sem me sentir a pior pessoa do mundo. Continuo a ter histórias para contar, ex-namorados que coabitam a minha existência, sonhos por realizar.

Não é assim tão diferente do resto. Há uma aprendizagem implícita no que é a aceitação do outro. Fazemo-lo todos os dias. Com os patrões, os amigos, os colegas, a empregada do café. E com os cônjuges. Aprender que o nosso ponto de vista não é único, nem mais verdadeiro. E que o outro, seja ele quem for, sente a razão na sua perspectiva.

E passou...

Teve os doces, os tradicionais e os outros, a família de quem se sente saudades, o piscar de luzes da árvore (sem música, por favor!), as brincadeiras entre primos, que mesmo na casa dos trinta se comportam juntos como se tivessem dez, as conversas "humilhantes" sobre episódios antigos, as gargalhadas, os risos.

A troca de prendas... sobretudo o brilho do olhar dela, por o Pai Natal ter chegado. Nem eram as prendas em si, só o rasgar do papel a fazia sorrir de deleite.

E a mim, também...

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Feliz Natal da Pulguinha Irrequieta!


A pulguinha irrequieta acordou às 10 da manhã e pôs em pé na cama com os braços abertos, berrando com todo o ar que tinha nos pulmões:

FELIZ NATAL!!!!!!
:)
Mesmo sem a energia dela, é o que vos desejo!

terça-feira, dezembro 23, 2008

Um excelente Natal!!!!

Desejo-vos as prendas mais apetecidas, as alegrias mais inesperadas, o conforto mais doce.
Ah, e riso!!!! Muitas gargalhadas...
Por isso vos deixo com uma pequena lembrança de 1985. Não é uma canção de Natal, mas é, sem dúvida intemporal.


conversa nonsense

Ela - Gostas de mim?
Ele - hmmm...
Ela - Gostavas que eu fosse outra pessoa?
Ele - Sim.
... (silêncio)
Ela - Assim não dá para falar contigo.


* concurso do Bagaço Amarelo

Querido Pai Natal...


Eu sei que este ano tinha dito que não precisava de nada e, efectivamente não preciso. A máquina fotográfica pode ficar para o mês que vem, sei que já não te diz respeito, mas como faço anos pode ser que ALGUÉM venha cá dar uma espreitadela e se lembre. A árvore de Natal já está repleta de embrulhos que me parecem livros e como essas são as minhas prendas favoritas, não te vou pedir nenhum. Sei que os meus autores favoritos devem andar por ali.

Gostava de pedir paz no mundo, prosperidade para todos e alegria. Sei que não tens tempo de fazer isso, porque as cartas só começam a chegar em Novembro... e mesmo que tentasses, a tal da afamada crise serviria de desculpa para impedi-lo... já sei.
Também já percebi que a máquina de secar roupa está fora de questão, assim que toquei no assunto o S. Pedro calou-me com uns fabulosos dias de sol.

No entanto, durante estes dias de cama, estive a pensar... e acho que toda a gente devia ter direito a pedir um presentinho ao Pai Natal... como não sei se funcionas como os Projectos de Intervenção Comunitária, em que no ano seguinte só vem o mínimo do que se gastou no ano anterior, não queria correr o risco de ficar sem presentes para o resto da vida.

Muita atenção: eu demorei imenso tempo a convencer o maridão de que "ele" não era traição, e ainda tive de fazer a troca com a Sónia Araújo. Pensa lá bem. Nem toda a gente o acha interessante, podes trazer-mo assim sujinho e despenteado, como Aragorn, que eu não me importo nada.
Desculpa a carta só ir hoje, mas eu não queria mesmo nada, até a febre me ter queimado uns fios cerebrais. Achei que, por isso, talvez fosse de aproveitar a convalescença...
Muito obrigada, Pai Natal...
Até amanhã!
PS: Já agora, se este ano vierem pijamas de ursinhos e panos de cozinha, podes doá-los. Ou então deixa-os para os duendes, tenho a certeza que por aí deve fazer muito frio. E duendes com pijamas de ursinhos ficam muito menos ridículos do que eu....

Esperança

A mulher teria, uns 35 anos, talvez. Loura, cabelos compridos aos caracóis, uma camisola de lã verde escura. As rugas de expressão, à volta dos olhos, davam-lhe um ar um tanto cansaço, excepto quando sorria. Nesses, momentos, os traços transformavam-se e as chamadas rugas enfeitavam-lhe o rosto, tornando-a espectacularmente bela, na sua maturidade. E ela sorria muito...

Cheguei lá por volta das 21h. Olhei para a sala, cheia, umas 40 ou 50 pessoas. Tirei a senha e as minhas suspeitas confirmaram-se. Ia ficar ali para sempre... não fosse a dor de ouvidos a penetrar-me o cérebro e teria dado meia volta na hora. Podia ter evitado, mas a gripe também chegara à pequenita e as minhas preocupações com ela levaram-me a andar o dia todo de um lado para o outro, na esperança que a pediatra a visse e, confirmando os meus receios, a medicasse. Aconteceu. Por isso, esqueci-me da minha gripe que não melhorava e a noite trouxe-me a "maravilhosa" otite.

Quando chegou a minha vez fui ao balcão fazer a inscrição para a urgência e deparo-me com aquela mulher que me sorri como se eu viesse para um SPA.
- Olá, boa noite! - diz. - O cartão, tem?
Entrego-lhe o cartão, olhando em volta para me assegurar que eram 9 da noite, do dia 22 de Dezembro e que eu estava na urgência do Centro de Saúde.
Insere os dados no computador com um sorriso.
- Lita... que nome lindo! - comenta. - Pronto, querida, já está inscrita. É só aguardar e as melhoras, está bem?

Vou sentar-me, ainda em choque, mas muitíssimo mais calma. De onde estou, observo as pessoas que se aproximam do balcão. Para todos ela tem um sorriso, uma palavra. Quando se vão sentar, as pessoas trazem um ar mais tranquilo, menos sofrido.

Ao lado dela,está outra funcionária. Esta é igual àquelas que estamos habituados. Não tem ar de quem nos odeia, mas está carrancuda, não sorri, trata as pessoas da mesma forma que trata os papeis que tem à frente, nem olha para elas. A fila do lado da loura é maior, como se as pessoas sentissem que preferem esperar e ser bem atendidos. Ter atenção.

Despacho-me em pouco mais do que uma hora. O Centro de saúde tem 3 médicos na urgência e as pessoas vão entrando e saindo com rapidez. Alguns trazem a carta para o hospital, mas a maioria trás uma receita. TODOS vão colocar a vinheta no balcão da senhora loura, que lhes deseja boas festas.

Afinal, no país, existe uma funcionária pública que parece gostar do que faz e que, a dois dias do Natal, num turno da noite, tem uma palavra de apreço para quem lá chega e um sorriso para oferecer. Ontem, fiquei com mais esperança.
Acreditem.

Obrigada muito...

... por todos os votos de melhoras!!!!!
:)

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Hoje...

...fiquei com gripe!

Doi-me o corpo!
A garganta parece que vai explodir.
Tremo de febre...



Desejo-vos, honestamente, um fim de semana melhor!!!!!

PS. Perdão à falta de comentários nos vossos blogues,que eu tanto gosto... estou a arrastar-me para a cama...

Batata frita

Não, este não é um post dedicado ao colesterol. Hoje, continuamos numa de animais.

Desde a minha infância que eles andavam por ali. Como continua a acontecer, chega o Verão e o amor das famílias pelos animais de estimação diminui drasticamente, provavelmente o calor atacará os genes do afecto ou qualquer explicação idiota para o facto das pessoas continuarem a tratar os bichos como coisas sem importância. Por isso, todos os Verões novos cães chegavam à praia. Apareciam de um dia para o outro, abandonados durante a noite, com um ar perdido e, literalmente, de "cachorrinho sem dono".

Os habitantes da praia rapidamente se habituaram a estes novos vizinhos e davam-lhes de comida. Alguns miúdos, apesar de não os levarem para casa, adoptavam-nos e os cães, como que sabendo, seguiam-nos para toda a parte. À excepção do facto de se atirarem aos carros a ladrar - tendo em conta a largura daquela estrada, era bastante perigoso - eram animais dóceis, simpáticos, de olhar triste, sobretudo...

Um deles tinha sido adoptado pelos surfistas. Um cão grande, de pêlo castanho e orelhas pontiagudas. Nós gostávamos de lhe fazer festas, porque o bicho era mesmo querido. No entanto, os surfistas chamavam-no com assobios e eu, como nunca fui boa a assobiar, andava a tentar descobrir o nome dele.

"Ele não tem nome." - disse-me um, uma vez.
"Tu é que ainda não descobriste o nome dele." - respondi, convencida - naquela altura, como já referi inúmeras vezes, eu tinha muitas certezas.

A verdade é que lhe fui chamando todos os nomes de cão que conhecia, todos os nomes de pessoa que conhecia e, finalmente, passei a chamar-lhe tudo o que me vinha à cabeça. Então, uma noite, aconteceu.

"Batata frita!" - chamei, por entre as gargalhadas das minhas amigas. O bicho levantou as orelhas, olhou para mim e veio a correr. Não percebi se era o nome dele, se ele gostou do som ou se pensou que o jantar estava pronto. A verdade é que nunca mais tive problemas em chamá-lo e o Batatinha frita passou a acompanhar-nos durante a noite, uma vez que o sol era o tempo dos surfistas. Um cão extremamente inteligente, que ficava a rondar a discoteca até às 4h da manhã e muitas vezes nos acompanhou até casa.

Não sei o que foi feito dele, mas espero que tenha tido momentos tão felizes quanto aqueles que proporcionou aos amigos da praia!

Christian, the lion

Eu não conhecia esta história. Foi-me contada ontem e mostraram-ma, no youtube.
1969.
Uma fase em que animais selvagens eram vendidos, postos em jaulas mínimas, nas cidades. Os dois tiveram pena e compraram um leão recém-nascido. Trataram dele com todo o amor até que Christian, o seu nome, acabou por se tornar demasiado grande para animal doméstico.

Foi quando o levaram para África, numa tentativa de o integrar na vida selvagem e natural. Um ano depois, resolvem ir visitá-lo, apesar de lhes ter sido garantido que o leão era, agora, o macho alfa do grupo e jamais os reconheceria. O que acontece é extraordinário!!!!




Nota: o velhote que acompanha o leão é o George Adamson, marido de Joy Adamson, que escreveu o livro, baseado numa história real, que origem ao filme "Born Free", ou "Uma leoa chamada Elsa." Lembram-se?

Big Clau...

Parabéns, querida amiga!
Espero somente e tudo de melhor para ti!!!!
Sinto a tua falta na net!!!!!!!!!






quinta-feira, dezembro 18, 2008

Para ti...

Perguntei-te, um dia, porque raios os homens que conheço tendem a levar as suas conquistas aos mesmos locais que já levaram outras... a meu ver, muito do género técnica de engate, se funcionou com esta, há-de funcionar com aquela... surpreendeste-me, ao responderes que eles procuram colocar sempre a nova namorada em todos os lugares por onde andou a outra, "apagando os rastos", como forma de provar que a nova pessoa é a verdadeira, a única...

Não consigo, ainda, perceber a profundidade da coisa... apesar de explicar muitas interrogações da minha vida.

Posso dizer-te, e tu sabes, que eu não sou assim. Não gosto de repetir lugares. Na verdade, não gosto, sequer, de repetir emoções! Não posso, não quero apagar pessoas, sentimentos, instantes que me construíram, pela positiva ou pela negativa.

E se evoco esses sentimentos na escrita, não significa que determinada pessoa habite em mim... não dessa forma, ela habita, porque eu nunca amei ninguém da mesma forma, porque as minhas memórias são únicas e eu tenciono retê-las e vivenciá-las sempre que me apeteça! Mas isso não te diminuí, não te apaga, pois o meu presente és TU! Tu és aquilo que existe em mim.

Isto é o que eu sou! Quero manter-me inteira!

Planos

Hoje e amanhã vão ser dias ainda mais cansativos do que ontem, visto querer deixar o trabalho bem organizadinho para não ter de pensar nele na próxima semana. (Eu sei que não parecem, mediante o tempo que eu passo aqui... :), mas isto é a minha terapia!).

Pois é, a Lita vai ter uma semaninha de férias, uma vez que não as teve no Verão! Não sei bem se férias no Natal se podem considerar férias, pois a verdade é que a família a vir de fora, as compras, os doces, a miúda em casa, o sotão que eu TENHO de limpar para poder lá colocar pessoas a dormir, vão acabar por me controlar a mim!!!

Mas posso sempre sonhar!!!!
Acabar de comprar as prendas de Natal, que este ano (graças aos céus) são mesmo prendas de Natal, terminar o projecto pessoal que está em cima da secretária (ou deveria dizer começá-lo? Ou ambos? Nem sei...), fazer os maravilhosos bolos de coco e leite condensado que o meu primo Rogério adora e, sabe-se lá porquê, só eu me dou ao trabalho de os fazer para ele...

E finalmente, planos para 2009! Adoro planos de ano novo!!! Mesmo aqueles que acabo por herdar do ano anterior, por falta de tempo, empenho, motivação para o concretizar!

Mas este ano, tenciono ter planos à séria! Não quero objectivozinhos. Quero sonhos com asas! Quão longe poderei querer ir?!!!

Será pedir demasiado?

Por favor...

... não me venham dizer que o espírito natalício é uma treta, que oferecer prendas nada mais é do que espírito consumista, porque o "Natal é quando o homem quiser" e não devemos dar mais importância a estes dias...

... e depois resolver passar a consoada a dar refeições aos sem-abrigo!!!!

É, efectivamente, uma acção digna e louvável, MAS...

eles também andam na rua nos outros dias do ano!!!!!!
Mais 364 dias (este ano, então, 365!!!!!)
Decidam-se!!!!!

Azevinho!!!!???

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Nº bonito!!!!

5000

Gostei!!!! Muito obrigada!

When Harry met Sally

Conversa no comboio, entre dois namorados:

Ela - Porque é que não posso telefonar-lhe?
Ele - Já te disse, é claro que ele te quer saltar para cima...
Ela - Isso é uma parvoíce! Somos amigos...
Ele - Se fossem amigos, ele ligava-nos aos dois, não a ti. Somos um casal, funcionamos como um.

Este momento zen, levou-me à recordação de um momento que me chocou, quando uma amiga minha, depois de casar, disse, com todas as letras a um amigo com quem se dava bastante bem:
- As mulheres casadas não bebem café com outros homens!

Outra pérola, portanto...

O que me levou a procurar o famoso trecho do meu filme favorito, dentro do género comédias românticas (não, não é a cena do orgasmo!).

Enjoy!


Hard Rock

Hoje, em conversa com alguém que trabalha no dito café, e que tem cinquenta e alguns anos, soube da forma como lá começou a trabalhar.

Ele ia a passar pela Avenida da Liberdade (coincidentemente vindo do Centro de Emprego, pois estava desempregado) e surge uma jovem de aspecto simpático que lhe dá um panfleto sobre um bar que iria abrir ali (no antigo Cinema Condes). Ao mesmo tempo pergunta-lhe:
- Quer trabalhar connosco?

Ao que ele responde:
- Na minha idade? Vocês não haveriam de querer aí alguém como eu!

E ela:
- Aqui não ligamos a idades, religiões, raças ou sexos. Queremos pessoas que queiram trabalhar connosco!

E ele ficou. Até hoje.

Achei uma história bonita, entre tantas tão cheias de discriminação de todo o tipo. Só por ela, fiquei com vontade de gastar lá o meu dinheiro!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Eu, ele e a Marta - take 2

- Caloiro, de onde és? - tinha a certeza de que conhecia o seu rosto e achava que era do Algarve. Olhou-me em ar de desafio.
- De Massamá. - foi a resposta.
Virei-me e continuei no meio dos jogos que eram as chamadas "praxes". Só ao fim da manhã, quando eles se iam embora e o vi passar me lembrei.
- Olha! Eu também sou de Massamá! - era verdade. Naquela altura morava lá.

Voltei a recordar este episódio uma semana depois, quando ao passar por mim, num Centro Comercial, baixou os olhos e corou até às orelhas. Achei estranhíssima a reacção dele e a amiga que me acompanhava comentou:
- Hmmmm, viste como te olhava?

Mais um encontro sincronístico, no Bairro Alto, em que ele e os amigos entraram na discoteca onde eu e os meus amigos estávamos. Uma das amigas dele ofereceu-se para me "ler a sina", alegando que já ouvira falar muito de mim. Graças a um beijo no rosto que "falhou" (na minha imaginação ingénua, pois vim a saber mais tarde que a "falha" tinha sido intencional), acabei aos beijos com ele naquela estranha noite.

No dia seguinte, convidou-me para beber um café na Faculdade e fomos conversar sobre o que acontecera.
- Tenho namorada! - disse. Não era necessária a informação, a aliança de ouro brilhara, na mão direita, a determinada altura, na discoteca.

Não soube bem o que dizer. Eu não planeara o que acontecera, nem tinha intenções de ir para a frente com aquilo. Nunca tinha estado naquele tipo de situação. Num instante, deixara-me levar por um rapaz sedutor, por uma estranha emoção, pela cerveja e pela música. Agora tudo me parecia diferente. Conversámos durante horas e foi bom.

Gostaria de poder dizer que foi o início de uma linda amizade. Mas não foi assim. Porque ele continuava a olhar-me e a corar. E escrevia-me cartas. E pedia-me que não o olhasse "assim"...

Não sou uma santa. Não o provoquei, mas a verdade é que ele também me atraía. Numa outra noite, noutra discoteca, terminámos novamente aos beijos. E noutra. E por mais vezes que nos soasse à ultima vez, continuava a acontecer.

Os bilhetes aconteciam diariamente e os telefonemas duravam horas.
- Gostaria de te ter conhecido antes da Marta! - dizia-me. - Mas não aconteceu. E amo-a. Gosto de ti, atrais-me, não me imagino sem aquilo que temos, mas amo-a.

E eu entendia, sem entender. Porque não me imaginava naquela situação, a "beber aquela água que já jurara nunca beber", porque não estava apaixonada por ele, mas a verdade é que também não me imaginava sem o que aprendêramos a partilhar. Não eram só os beijos. Era, sobretudo,a cumplicidade.

Então, um dia, noutro Centro Comercial encontrei-o acompanhado. Soube quem ela era antes de se aproximarem. Bonita, um ar simpático, nada o tipo de rapariga que se pudesse "odiar".
- É a Marta, a minha namorada. - apresentou calmamente, enquanto era a eu a corar até às orelhas. - Esta é a Lita, uma colega da Faculdade.

Afastei-me a tremer, sabendo que nunca mais seria igual. A Marta já não era uma aliança dourada e fina, brilhando na mão direita do "meu caloiro". Era uma rapariga, de carne e osso!

Não voltámos a beijar-nos. Pouco depois, foi a Marta que acabou com ele, ironicamente, porque se apaixonara por outra pessoa. Conheci a faceta dele mais mulherenga, soube que eu não tinha sido a primeira "amiga", enquanto ele fora comprometido. Mas, ao contrário do resto das raparigas que lhe vi passarem pelas mãos, nunca achei que fosse um "filho da puta" .

As nossas conversas continuaram. Os telefonemas também. Ele assistiu a outras relações minhas com um ombro amigo e eu a muitas dele, com um sorriso complacente.

Voltou para a Marta,a quem, de uma forma estranha, amava. Ela era uma rapariga digna de admiração,de facto. Nunca me dei com ela, por motivos óbvios, mas poderia ser minha amiga, noutras circunstâncias.

Hoje, eu casada e ele separado, ambos com filhos, telefonamo-nos uma vez por ano, se tanto. Falamos das nossas circunstâncias. Mas ainda lhe sinto a cumplicidade de almas, que estranhamente nos aproximou. Poderia ter sido diferente, se não existisse uma Marta. Ou talvez não, talvez fosse exactamente da mesma maneira...

Mea Culpa

Numa confissão assim ao estilo Sayuri, é a minha vez de o dizer, de uma vez, sem rodeios e sem culpas:



Não gostei do livro "O Perfume".



A cada vez que o digo, vejo o olhar surpreso do outro, a sobrancelha levantada, o pensamento fugidío "não imaginava isso de ti", pois eis que acabo de afirmar não gostar do livro que metade do mundo adora!



Pois é certo! Não gostei. Li e voltei a ler, imaginando que a "culpa era minha", que provavelmente não me concentrara o suficiente para de lá tirar as maravilhas que todos tiram. É verdade, ele escreve bem! Sim, o odor está presente em toda a leitura, conseguimos aperceber-nos dos ambientes, dos cheiros (sobretudo dos maus cheiros), conseguimos evadir-nos para o universo do romance. E ainda assim, não gostei.



Leio muito. Na adolescência "papei" tudo, desde Isabel Allende a Henri Miller. Tenho autores com quem simpatizo mais, efectivamente. Gosto de fantasia, é o meu grande escape! Hoje em dia, continuo a ler muito, com menos tempo do que antes, claro...



Mas não gostei do Perfume! Mesmo!

Receitas excêntricas...

... ou servirem-nos um creme de cenoura com coentros e pedaços de cherne como
"Ensopado de Peixe"!
What the f%&#$"?????

Bom dia!

Não te analises.
Não procures no perfume das flores
a tempestade das raízes.
Não queiras desatar o fumo
do carvão das fogueiras.
Ama
com ossos de cinza
e cabelos de chama.
E deixa-te viver em rio a correr…
José Gomes Ferreira

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Dos desejos...

O tecido maleável e sedoso que passava por entre os dedos brilhava ligeiramente, ao ser mexido. Não era coisa a que estivesse habituada, usar qualquer coisa brilhante. Ainda que viesse das finíssimas linhas prateadas, entranhadas na seda preta. Voltou a tocar-lhe. Era apenas um lenço, um lenço lindo e ela usá-lo-ia naquela noite, mesmo que se sentisse estranha com a decisão.

Não tinha muitas oportunidades de o fazer. Esperava sempre tanto tempo até surgirem noites mágicas... e aquela era uma dessas noites! Colocou o lenço no pescoço, com cuidado e examinou-me, pela centésima vez ao espelho. Queria, desejava que tudo estivesse perfeito! Precisava de se sentir especial, para poder acreditar nisso!

Pintou-se com cuidado e colocou as botas de salto sobre as calças pretas.

Foi ao abrir a porta que se deparou com um céu coberto de nuvens e uma torrente de água a cair violentamente. Nem se dera conta disso.

"Não!", pensou. "Isto não pode acontecer!"
Olhou para cima e, cheia de doçura, pediu:
"Por favor, só hoje! Eu preciso, eu quero que pare de chover! Eu preciso que seja MESMO tudo perfeito."

Voltou para dentro e bebeu um copo de água. Inspirou. Colocou o habitual perfume.

Quando voltou a abrir a porta o céu estava limpo. Foi a primeira vez que acreditou que poderia fazer tudo!

SMS ao post anterior

O sentimento é recíproco, miga...
Apesar de não deixares pegadas na areia quando andas eu também gostei muito de te ter conhecido e de te ter como amiga...Jokas. P.

---
LOL
Amiguinho... as pegadas são pequeninas... (calço o 34). Mas se olhares com atenção... :) Beijos muitos!

Porque não podia deixar de me lembrar!!!!!

"Sabes quem perguntou por ti?"
"Não."
"NINGUÉM!!!!!"

Era assim que gostavas de começar as nossas conversas. Eu não conseguia deixar de me rir, por mais vezes que o fizesses!!!!

Nem me lembro bem como começou esta amizade. Num sábado, estava completamente embriagada, a meter-me com o grupo onde estavas inserido. Na segunda, acordámos ambos no Barreiro, para descobrir que tínhamos vindo no mesmo Intercidades, quase ao lado um do outro. Depois disso, foi simples. Era fácil ligar-te assim que chegava aí abaixo. Simples, limpo.

Pegava no telefone e...
- P., vem-me buscar!!!!!!
E tu vinhas, estavas sempre disponível para um café, para uma piada, para os meus silêncios, quando a alma me doía.
- Está tudo bem, miga? - era a pergunta que me fazias.
- Ai, a minha vida.... - suspirava eu. E...
- Tam, tam, tam!!!! - acabavas tu, a rir.

Foram dois ou três anos de uma amizade intensa. Não era uma amizade profunda, porque eu nunca te contei as minhas angústias, nem tu me contaste as tuas, embora provavelmente ambos desconfiássemos delas e pura e simplesmente respeitássemos o silêncio do outro. De qualquer maneira, e apesar de eu não ir aí as vezes que te prometi (e tu fazes questão de me jogar á cara sempre que podes!!!!!), queria deixar isto bem claro.

- Nunca conheci mais ninguém que capotasse o carro no Ludo (não sei se foste tu ou o G., mas não interessa, estavas lá!), e depois de sair do carro, regressasse para desligar o rádio!
- Nunca conheci mais ninguém que capotasse numa ponte, a direito, e destruísse o carro todo, saindo ileso!
- Nunca conheci ninguém que quase atropelasse uma velhota no exame de condução!
- Nunca conheci mais ninguém que, quando eu berrava "Pára", depois de mil e uma bocas que me mandavas, parava o carro a fundo, no meio da estrada, com os outros carros a apitar!
- Nunca conheci mais ninguém (além do ti e do G.) que se tenha lembrado de saber para quantos Kms davam 500$00 de gasolina e levasse os outros 500$00 dentro de um garrafão, na caixa do carro...
- Nunca conheci mais ninguém que me fosse buscar e levar a casa, completamente fora do teu destino, pura e simplesmente para ter a minha companhia, ao longo de anos, de 15 em 15 dias!

Gosto muito de te ter conhecido. Gosto de te ter como amigo! Bem hajas!

E muitos parabéns!!!!

domingo, dezembro 14, 2008

São Pedro e Pai Natal

Eu sei que cada um de vocês tem tarefas importantíssimas para cumprir e que são ambos extremamente competentes. Mas, por favor, reúnam-se e conversem sobre isto:
São Pedro, dá-me uns dias de sol durante a semana...
ou então,
Pai Natal, oferece-me uma máquina de secar roupa!!!!

sábado, dezembro 13, 2008

Amazing Grace

Porque há coisas que não se devem esquecer. Obrigada pela partilha, Vera! A minha amizade. Bem hajas!

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Ouvido por aí...

Conversa entre dois adolescentes, ao meu lado no comboio.

Ela - Então, não foste aos ensaios?
Ele - Não, a escola estava fechada. O professor suicidou-se.
Ela - Que horror! A sério? Estás bem?
Ele - Eu estou... ele é que não está!

Uma dica

Sou complicada, eu sei. Talvez não fale a tua linguagem, não entenda os teus passos, nem os teus gestos. Talvez peça demasiado, não consiga sentir os tempos das coisas, não lide bem com o amor passivo.

Sei que me amas. Não é uma questão. Talvez devesse ser suficiente, e eu queira sempre demasiado. Para mim, o amor é uma força activa, onde dar é receber, onde se cresce no movimento. Intenso demais, eu sei.

Dou-te uma dica. Quando eu falar demasiado, quando esbracejar, quando começares a sentir que não entendes nada do que eu digo, não deixes avançar. Abraça-me. Pura e simplesmente abraça-me. Vais ver que melhora!

Eu não espreito...

... mas duas pessoas muitíssimo queridas deixaram-me duas lindas prendas para colocar debaixo da árvore de Natal (sim, porque eu levo a hora do Pai Natal muito a sério!).

Não tenho o hábito de espreitar, nem o vou fazer, mas uma tem um embrulho rectangular e maleável e um autocolante a dizer BERTRAND... a outra está dentro de um lindo saco branco e tem um autocolante a dizer FIRSTFLUSH, ESPÍRITO DO CHÁ!!!!!!

Livros e chás deliciosos para o Inverno????????Que aborrecimento...

IUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUPIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!
:)

Alguém pode explicar-me...

... porque é que chego às 8h37 à Estação para apanhar o comboio das 8h40, para o Rossio, e a voz da senhora simpática e sem alterações silábicas, anuncia que vai passar o comboio das 8h23 (?????), para Alverca, seguido do comboio das 8h30(?????) para o Rossio... e ao apanhar este último, na linha onde supostamente ele passa, vou parar a Sete Rios, juntamente com o comboio que saiu primeiro???????

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Pensamento positivo

Uma das minhas colegas de trabalho consegue levar a ideia de pensamento positivo ao cúmulo, quando sai à rua num dia como hoje e comenta, agarrando-se ao casaco:

- Está um calor tropical estranho!!!!!!

Qual é a parte que não perceberam?

"Alguma dúvida até aqui?"
"Não."
"Ok, penso que é tudo por hoje. Voltamos a encontrar-nos para a semana para eu lhe dar um feedback desta nossa conversa e o orientar devidamente. Está bem?"

Esta é a parte da entrevista em que vocês se vão embora. Não é a parte em que ficam sentados a olhar para mim e se lembram de um episódio engraçado da adolescência, ou do último livro que leram. Esta não é a parte em que querem saber mais coisas... a pergunta alguma dúvida ERA a entrada a essa parte!!!! Há um segundo momento na próxima semana. Está marcado. Prometo que trago mais informação. Hoje... acabou!!!!

Terapia do baloiço

Foi no baloiço da Ana que descobri intuitivamente aquilo que mais tarde vim a estudar.

A casa da avó da Ana era em madeira, pequenina. Tinha uma particularidade. Um pátio com um baloiço daqueles antigos, que parecem uns sofás em ferro trabalhado, todos brancos e cheios de almofadas fofinhas.

Por vezes íamos para lá para jogar às cartas. Mas o motivo principal era aquele bocadinho em que nos sentávamos, duas ou três no baloiço, e conversávamos envolvidas por aquele ritmo harmonioso.

O balançar, muitas vezes devido a memórias emocionais muito antigas, dá-nos um sentimento de conforto, de aconchego. Serviu-me como terapia, muitas vezes, na adolescência mais tardia, em que me sentava lá, desta vez sozinha, vendo-as jogar às cartas ou fazer qualquer outra coisa. Nessas alturas, preferia fechar-me no meu mundo e utilizar o balançar para me abandonar ao esquecimento.

Sempre que vejo a Ana, ou passo na casa da avó dela, é disso que me recordo. Do balouço e das horas de conforto que me trouxe.

PS. Andar de baloiço mais vezes!!!!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Direitos Humanos



Mais um ano e o Sam não nos falha!
Desta vez não tenho muitas palavras minhas, de facto, palavras estão escritas há 60 anos. Precisamos é de agir mais!

Deixo a música e letra da minha música favorita dos Black Eyed Peas.





terça-feira, dezembro 09, 2008

Porque é que isto não me surpreende????




You Are Psyche!



Eternally in search of purpose and insight.

You're curious and creative with a total sense of wonder.

Totally empathetic, you pick up on other's moods easily.

Just be sure to pamper yourself as well!

sábado, dezembro 06, 2008

Se tu viesses ver-me

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Florbela Espanca

sexta-feira, dezembro 05, 2008

E comprova-se!!! :) (gosto MESMO destes testes!!!! LOL)

Resultado: 15 pontos

Você é de fato um gênio. Sua inteligência está muito acima da maioria das pessoas deste planeta. Pode considerar-se uma pessoa privilegiada. Seu potencial de raciocínio está quase que totalmente desenvolvido.

Teste a Sua Inteligência

Oferecimento: InterNey.Net

Gosto destes testes!!!!! :)

Resultado: 46 pontos

Os outros te vêem como alguém alegre, animado, charmoso, divertido, prático e interessante, alguém que está constantemente no centro de atenções, mas suficientemente bem equilibrado para não deixar isso subir a cabeça. Eles também te vêem como amável, compreensível, alguém que sempre os anima e os ajuda.

Teste de Personalidade

Oferecimento: InterNey.Net

Cafés...

... pastelarias e afins; empregados de balcão, donos de cafés e outros que tal...:

Por favor, ouçam:

Croissant com queijo E manteiga é nojento!!!!!!

Porém, eu respeito todos aqueles que gostam dele. Respeitem-me a mim também e não me façam pedir 3 vezes "sem manteiga!!!!" e mandar para trás o lanche, porque o empregado se distraiu.

Agora

... que estás aí, a ver-me... não me apetece escrever!

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Família

Com o Natal, para além de todas as queixas respeitantes ao consumismo, e afins (desculpem lá, mas EU gosto do Natal!), vem a ideia romântica de unir a família, de um jantar divertido, de conversar com aqueles primos que não se vemos há algum tempo.

Eu sou uma desterrada. É verdade, hoje penso que já não pertenço bem a lado nenhum. Ou, pela positiva, sou uma cidadã do mundo. O que quero dizer é que a minha família alargada (à excepção dos meus pais) se encontra a 300Kms de distância. Por isso, sim, no meu caso, é altura de falar com tios e primos que não vejo há meses. E isso é bom!

Mas não é do Natal que queria falar. Queria falar de família, e do conceito de família.

A minha mãe é uma entre 13 irmãos. Juntamente com as duas irmãs mais velhas, foi criada por uma tia, que não tinha filhos. Naquela altura distribuíam-se os filhos pela família... :)
O meu tio mais novo nasceu quando eu tinha 4 anos, por isso, nunca lhe chamei tio.

Enquanto vivi por perto, as minhas referências na infância sempre foram na casa daquela tia que criou a minha mãe e que vejo mais como uma avó, e com as minhas duas tias e os filhos destas, os meus primos.

Ir a casa da minha avó biológica era uma aventura, porque havia tantos tios e tias - alguns com a minha idade - e tantas outras pessoas, que nunca foi simples perceber as ligações entre eles. Sim, porque para além de tudo isto a minha avó também é uma entre nem sei bem quantos irmãos.

O grande problema é que, entretanto, mudei de casa e vim viver para Lisboa. Quando ia de férias, o meu local era a casa da praia da minha avó paterna e pouco mais. E fomos todos crescendo.

Hoje, esses 12 irmãos da minha mãe têm filhos. Alguns desses filhos, têm filhos. E eu juro que não sei o nome de quase nenhum.

No outro dia, fui almoçar a Olhão, com uma amiga, o meu marido e a minha filha. Acabámos num parque infantil, onde ela rapidamente fez amizade com algumas crianças. Qual o meu espanto quando surgem 3 tios meus, que me conheceram e me dizem que as crianças com quem a minha filha brinca, são os primos dela????

Foi divertido, conversámos, tirámos fotos, os miúdos ficaram excitadíssimos. Senti uma coisa que nunca tinha sentido antes... falta de raízes.

Sempre me habituei a considerar família os meus pais, os meus avós e primos paternos, a minha tia-avó, as tias que cresceram com a minha mãe e os seus filhos. Mais tarde, a família próxima do meu marido. E os meus amigos íntimos.

Naquele dia apercebi-me que existe uma família gigantesca que eu mal conheço, histórias que não vivi. Não é importante no dia a dia. Naquela tarde, porém, houve uma sensação estranha.

O que é, afinal, a família? O "sangue chama ao sangue"? Ou é tudo construído? Fiquei na dúvida...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Cruzamentos

Adoro o que faço. Mas não sou o que faço.

Considero-me muito mais do que isso, o trabalho é uma parte de minha vida, à qual não quero dar demasiado ênfase, até porque tenho outros trabalhos, e ainda outros propósitos, para além de interesses pessoais, vida familiar, social, e por aí além.

Quando trabalho, gosto de me entregar, de me dedicar. E gosto, nos outros momentos, de me entregar ao resto.

Não gosto... quando começo a pensar no trabalho, em casa. Detesto sonhar com o trabalho.

E vou fazer qualquer coisa em relação a isso...

terça-feira, dezembro 02, 2008

Hoje...

... podia ser feriado outra vez!!!! Está demasiado frio para trabalhar!