
Eu sei que este ano tinha dito que não precisava de nada e, efectivamente não preciso. A máquina fotográfica pode ficar para o mês que vem, sei que já não te diz respeito, mas como faço anos pode ser que ALGUÉM venha cá dar uma espreitadela e se lembre. A árvore de Natal já está repleta de embrulhos que me parecem livros e como essas são as minhas prendas favoritas, não te vou pedir nenhum. Sei que os meus autores favoritos devem andar por ali.
Gostava de pedir paz no mundo, prosperidade para todos e alegria. Sei que não tens tempo de fazer isso, porque as cartas só começam a chegar em Novembro... e mesmo que tentasses, a tal da afamada crise serviria de desculpa para impedi-lo... já sei.
Também já percebi que a máquina de secar roupa está fora de questão, assim que toquei no assunto o S. Pedro calou-me com uns fabulosos dias de sol.
No entanto, durante estes dias de cama, estive a pensar... e acho que toda a gente devia ter direito a pedir um presentinho ao Pai Natal... como não sei se funcionas como os Projectos de Intervenção Comunitária, em que no ano seguinte só vem o mínimo do que se gastou no ano anterior, não queria correr o risco de ficar sem presentes para o resto da vida.
Muita atenção: eu demorei imenso tempo a convencer o maridão de que "ele" não era traição, e ainda tive de fazer a troca com a Sónia Araújo. Pensa lá bem. Nem toda a gente o acha interessante, podes trazer-mo assim sujinho e despenteado, como Aragorn, que eu não me importo nada.
Desculpa a carta só ir hoje, mas eu não queria mesmo nada, até a febre me ter queimado uns fios cerebrais. Achei que, por isso, talvez fosse de aproveitar a convalescença...
Muito obrigada, Pai Natal...
Até amanhã!
PS: Já agora, se este ano vierem pijamas de ursinhos e panos de cozinha, podes doá-los. Ou então deixa-os para os duendes, tenho a certeza que por aí deve fazer muito frio. E duendes com pijamas de ursinhos ficam muito menos ridículos do que eu....