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quinta-feira, março 26, 2009

Incoerência

O sol está quentinho, logo pela manhã. Visto a túnica cor-de-rosa, saio com o cabelo molhado, em busca da cafeína matinal, aquela que sabe sempre a vida, e respiro este "éter", carregado de luz e vida, resplandecente de desconhecido e aventura. Os dias podem parecer iguais,mas não têm de o ser. Ensinaram-me há muito a sair de casa esperando momentos mágicos, sinais inesperados e vida, sob todas as suas formas. Sorrio.

Uma parte de mim acorda para isso, para a vida, para a emoção que transborda em mim e procura mais e mais luz.

A outra parte está exausta. Por vezes, apetece-me levar as mãos à cabeça e pedir paz, silêncio, ainda que por momentos. Apetece-me sair um pouco daqui, respirar o mar, talvez. Sentir-me como nas noites de Verão, em que me deitava na areia, olhava as estrelas, buscava estrelas cadentes e me sentia pequena e insignificante neste imenso universo. O que colocava de imediato os meus dramas pessoais da proporção certa, e de onde tirava a certeza de que o que me surgisse, não era pesado demais.

Não que me queixe. Os meus dramas pessoais estão em maré calma, e só posso sentir-me grata por isso, pois as marés à minha volta estão em revolução. E não está a ser fácil.
Será que tem de ser tudo tão complicado????

A mesma parte de mim que desfruta do sol, acha que nada é complicado, que tudo é simplificável, que os limites que impomos a nós próprios e aos outros são apenas isso, limites que podem ser expandidos.
A outra parte, que liga emoções a esses limites sabe que não é assim tão simples. As pessoas não se descondicionam com tanta facilidade.

E é esse contínuo entre os limites que queremos manter e aqueles que já não nos servem, mas que não sabemos bem como os mudar, que nos fazem olhar para as "complicações". E são as pequenas revoluções, nesses conflitos, que nos fazem crescer.
E a mistura de tudo isto, provavelmente, é o que chamamos de vida.

Este, provavelmente,terá sido o post mais incoerente e sem sentido que já escrevi.
Peço desculpa por isso.
Mas precisava de tirar algumas coisas de dentro de mim.

Um abraço grande.

terça-feira, março 10, 2009

Pssst!!! Menina!!!

Vem!
Não olhes para trás, não penses naquilo que poderia ter sido, no que foi, no que não será ou talvez seja, pois que tu és aquela que me repete vezes e vezes sem conta que TUDO É POSSÍVEL, que o mundo passa a vida a surpreender-nos e que não existem coisas que jamais poderão acontecer!!!!

Larga tudo, larga os papeis e as memórias, deixa as lágrimas dentro de casa... ou então trás algumas, sabe sempre bem derramar lágrimas que não podem mais ficar presas em nós. Deixa as roupas que já não servem, as fotos que ficaram gastas com o tempo, as palavras que te ecoam dentro da cabeça vezes e vezes sem conta!!! Quem disse que as palavras não podem mudar a nossa vida? Que não despertam ou matam partes de nós, aquelas que, por vezes, nem sabíamos que tínhamos? Que não nos tornam mais doces, ou mais duras, zangadas, perdidas, trespassadas por emoções a que nunca saberemos dar um nome?!!!!!

Não importa!!! Não importa mesmo, se foste o melhor de ti em todos os momentos, se deste aquilo que o teu coração gritava, se agiste como se não houvesse amanhã, se te surpreendeste a ti mesma, se cada lágrima ficou associada a um olhar que não sabias que existia, se mergulhaste vezes e vezes sem conta na magia que continuam a tentar fazer-nos acreditar que não existe!!!!!

Pega naquilo que restou, a tua essência, o sorriso que julgas não ser capaz de dar - mas não pensaste isso mil e uma vezes ao longo do percurso???? - nos traços do teu rosto que mantêm a tua história intacta. E que história trazes para nos contar!!!! Se é bonita? Nem todos os capítulos nos sorriem, mas apostaste, amaste, viveste, riste, choraste, correste, sujaste-te, perdeste, ganhaste, voltaste a viver!!! Não é assim qualquer história digna de um romance de qualidade??? :)

Não tragas nada que não caiba nos teus bolsos, deixa as mãos livres e o rosto ao vento. Anda!!! Já fizemos isto vezes e vezes sem conta. Sabemos que damos conta do recado...ninguém dá as gargalhadas que nós damos nos dias de maior desespero!!!!

Vem. Dá-me a tua mão! Eu não te deixo cair!!!!
"O que não nos mata, torna-nos mais fortes, remember?"

quarta-feira, março 04, 2009

A Banda Sonora da Traição

Um destes dias, estava a trabalhar e começou a dar na rádio uma canção. A minha colega diz:
- Eu ADORO esta música!
- Eu também gosto dela. Aliás,é a banda sonora da primeira vez que eu fui traída! - respondi eu com leveza, sem me dar conta da cara de espanto que ela fazia a olhar para mim.
- Banda Sonora de traição?????? - a rapariga estava em choque.
Eu dei uma gargalhada.
- Sim, o gajo conta que me traiu e ainda me fala da música que estava a dar enquanto o fazia!!!!!

Claro que nos fartámos de rir - porque o tempo tem destas coisas, aligeira até aquilo que deve ter sido doloroso! - e passámos o dia a cantar a música e a falar de bandas sonoras de traições!!!!

Hoje voltei a lembrar-me dela... aqui fica, a banda sonora da primeira vez que eu fui traída! Espero que gostem tanto quanto eu. ;)




Pelo menos tinha bom gosto...

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Escrever

Há uma sensação inexplicável quando a mão e a caneta descobrem que existe uma relação especial entre elas, e começam a funcionar como um todo. É nestes instantes que, para quem ama as palavras, como eu, tudo vale a pena.

Não acontece sempre, para dizer a verdade, a mim pouco me acontece. São raros os momentos em que olho para a escrita na qual me envolvi e sinto alegria.

Há dias, porém, em que a magia acontece e a sensação não é diferente daqueles instantes em que, apaixonados, nos preparamos para encontrar o objecto de desejo.

Acordei espontaneamente às 7 da manhã e dos meus dedos sairam 16 páginas de palavras. Palavras a sério, todas com um sentido, uma emoção e muita coerência. Sinto-me bem.