quinta-feira, maio 13, 2010

Cada vez mais nosso...

O nosso mundo

Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos
Como um divino vinho de Falerno
Poisando em ti o meu olhar eterno
Como poisam as folhas sobre os lagos...

Os meus sonhos agora são mais vagos
O teu olhar em mim, hoje é mais terno...
E a Vida já não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e presságios!

A Vida, meu amor, quero vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas hemos de bebê-la!

Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor!...As nossas bocas juntas!...

Florbela Espanca

terça-feira, maio 11, 2010

Espelhos

Carolina amava-o.
Pensava que sim. Sentia-o. Fantasiava-o. Sonhava-o.
Na verdade, somente acreditava que o amava. Nunca uma palavra trocara com ele, desde a noite em que o encarara, no Baile da aldeia. Desde esse sábado, todos os dias caminhava de outra forma, na esperança de dar um vislumbre de elegância. Penteava o cabelo como nunca o fizera antes, solto, brilhante e sedoso, esquecendo a trança simples doutrora. Esquecera as camisas largas e as calças confortáveis, trocando-as pelas justas, e pelas camisolas e decote em V.

Mas era muito raro encontrá-lo ao longo da semana, pois Bruno era da aldeia vizinha, onde também trabalhava. Por vezes, lá aparecia no Café da Esquina, para jogar Snooker com os rapazes. Mas era raro.

Porém, aos sábados, Carolina enfeitava-se com colares de contas e conchas, brincos compridos e pulseiras douradas. Por vezes vestia saia. Colocava os sapatos de salto. Pintava os olhos com eyeliner preto e colocava o baton cor de rosa.

Rodopiava com os rapazes, sem os ver, sorrindo sem vontade, na esperança de um olhar de Bruno, um sorriso, uma palavra.

Ele não a via. Não a conhecia. Era como se ela não existisse para ele. Conversava com algumas raparigas da aldeia, ou com outras que o acompanhavam ao Baile. Dançava pouco. Mas nunca a olhara. Ela amava-o. Ele não a via.

...

Ricardo olhava com um misto de ternura e tristeza para a rapariga que com ele dançava. Dançava com ele, apesar dos seus belos olhos lhe fugirem para a figura do rapaz da aldeia vizinha. Nunca o encarava. Sorria sem vontade. Não via como Ricardo se vestira com cuidado, colocara o perfume caro, que mandava vir da cidade, só para os dias de Baile.

Carolina fora desde sempre a princesa do seu coração, desde que lhe emprestara a borracha de cheiro a maçã, na Escola Primária.

Amava-a. Ela não o via.

Decoração

Estive em obras, aproveitei e redecorei a "casa"!
Espero que gostem.

quinta-feira, maio 06, 2010

Piada para papás e mamãs de bebés pequenos

E disse ele ao telefone, no dia anterior a começar a licença de 30 dias, para ficar com a bebé.
- Podemos combinar qualquer coisa para a semana. Eu agora vou ficar em casa um mês. Tenho todo o tempo do mundo.






LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL