Perco-me muitas vezes, nesse jogo.
O das palavras, a eterna deambulação das palavras, em torno de um tópico, de um sentido dialéctico para aquilo que o coração sente, a mente descasca e as palavras tentam modelar. Nunca ganho.
Não que as palavras não me sejam boas companheiras de guerras dialécticas, de jogos verbais de poder. Não é a batalha que eu não ganho. É a harmonização. Nunca ganho a sensação profunda de que fiz o certo, descobri a verdade e que a minha batalha ganha foi uma mais valia para o mundo.
De que me servem as discussões vãs, para além do treino intelectual e da ideia de que as boas argumentações levam-nos a vários sítios... mas raramente à verdade? Porque a verdade não está na argumentação, nem nas palavras, nem na mente, nem sequer em livros maravilhosos. Não está em lado nenhum...
Porque apenas é verdade se o for para mim, sem nenhuma argumentação, sem nenhuma crítica, para além da certeza e do sentir profundo de que é verdade.. e que é só minha. E isso faz com que cada um tenha uma. Uma verdade única para cada ser, uma verdade que o torna único, especial, perfeito...
...e isso não se ganha... surge-nos de dentro.
Por isso nunca pode ser ganho no jogo das palavras... prefiro as palavras sem jogo! As que seguem as nossas verdades.
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