A Neptuna falava de definições, no outro dia. Essas correntes ilusórias de segurança, às quais nos agarramos na tentativa de não afundar no mar da indefinição.
Ao longo dos anos apercebi-me, porém (e talvez seja defeito de profissão) de que nada é definitivo, muito menos as definições. Nada é absolutamente bom, ou absolutamente mau. Não existem escolhas certas ou erradas,mas sim pesos na balança de cada um de nós, que pendem para um lado ou para outro.
Apercebi-me de que as coisas que pedimos nem sempre estão alinhadas com as que queremos. E mesmo as que queremos, podem ser fruto do anseio do coração do adulto, ou da carência profunda da criança em nós. Tão ténue é a linha da separação. Julgo-me tantas vezes por não a conseguir discernir.
Faço o que posso para respeitar a alma em mim. Permito-a sentir, expressar-se, ainda que, por vezes, sem voz. Hoje,não me apetecia fazer isso. Apetecia-me não me preocupar com os anseios ou as carências, as ilusões ou as mentiras. Viver como se não existisse amanhã. Será que me daria ao trabalho de pensar tanto?
3 comentários:
:)
és muito bonita. :)
permite-te fazer esse teste, de viver como se não existesse amanhã.. gostava de saber as conclusões no dia depois de amanhã..
:)
Às vezes... eu também!!!!
"Viver como se não existisse o amanhã" - às vezes apetecia-me viver assim, e desfrutar das paixões que surgem de um momento para o outro, sem nós pedirmos e sem estarmos á espera que surjam! Se não vivesse amanhã, vivia-as na plenitude, sem culpas, sem medos, sem anseios, por e simplesmente vivia-as...de corpo e Alma, e fazia-me feliz e fazia feliz um outro Ser...e Amava...o que é uma paixão? É desejo, é um apelo de união, fusão com o outro, é puro Amor...
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