Para quem, como eu, alega um aproveitar intenso do presente, um auto-conhecimento consciente como forma consistente de atravessar esta existência, tenho em casa um ser com 3 anos de existência que é uma verdadeira mestra do AQUI e do AGORA.
Depois de uma noite de febre, acordámos para um dia em que - pensava eu – tudo iria melhorar! Então vieram as dores de ouvidos, as fantásticas dores que surgem nos piores momentos e para as quais basicamente NADA ajuda.
Ligar à pediatra, continuar o antibiótico,não esquecer o benuron. Enfim, encher a criança de porcaria e a mãe de preocupação.
A diferença é que, enquanto a mãe mal consegue respirar o tempo todo, perante a sensação de impotência, a preocupação e a ansiedade, há um momento, a meio de toda esta “tragédia”, em que as dores acalmam e começa a dar no Canal Panda (canal exclusivo cá da casa) a música do “Viky, o pequeno golfinho” – não, não precisam de saber qual é!!!!.
- Mãe, podes dar-me os meus sapatos?
- Porquê, meu amor?
- Quero dançar!!!
E eu fui calçar-lhe os sapatos, fitando-a atónita enquanto ela cantava e dançava até a música acabar. Em seguida, voltou a deitar-se no sofá, tranquila. Não há dores, não há stress.
De facto, ser criança é um estado de graça. Elas SABEM aproveitar a vida.
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