Embrenhei-me para dentro, como que enrolada sobre mim própria. A noite, a lua que diminuia pouco a pouco, a vibração da Serra e o profundo estar, apenas estar, não com o outro, nem comigo, mas apenas estar ali, respirando com a própria terra.
Permiti-me isso, a não elaboração mental (à qual, modestia à parte, sou muito boa!!!!). Abandonei por umas horas as explicações que me dizem tudo, me enquadram cada instante da existência, sem no entanto mostrar nada, pois o que se sente não tem explicação.
Fácil? É fácil abandonar a cana com a qual se apanha mais peixes? Não foi.
Ainda assim, silenciei-me com intenção.
E não sei se regressei mais inteira. Julgo que sim. Sei que regressei com os olhos abertos. Não me tinha apercebido, sequer, que os tinha fechados....
6 comentários:
um beijinho!
Ai, tão bom!!!! Obrigada.
...é disso mesmo k ando a precisar...silêncio interior e "perder-me" com a natureza!
:)
A mim ajudou-me tanto e tanto... espero que resulte.
Abraço!
Pois é, normalmente nem nos apercebemos que eles (os olhos) estão fechados. Nada como mergulhar no mais puro e entregar tudo de nós para encontrar a serenidade que nos abre os horizontes.
Um beijo
Vou seguir a tua proposta e fazer o mesmo este fim de semana :)
Força!
Não é nada que não se saiba, mas dentro de nós existem coisas... maravilhosas. Só ao silenciarmos as ouvimos. E quando isso acontece, apesar de o sabermos, continua a ser uma experiência mágica.
Beijos
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