quinta-feira, setembro 25, 2008

Entre géneros

Pergunta-me o que faço e digo-lhe, entre sorrisos, que estava ter uma conversa com uma amiga sobre um e-mail que recebi e que lha contava, caso prometesse não se chatear, "hoje doí-me o estômago, não tou com paciência". Diz-me que sim.
Conto-lhe.
Silêncio do outro lado.
E diz, num jorro de palavras semi-divertidas a inclinar-se para o ciume, que sou ingénua, que as amigas se apoiam sempre umas às outras, que não entendo, que o F. não se atiraria directamente a uma mulher casada, que se eu assumisse a componente sexual que existe sempre entre um homem e uma mulher não seria tão presa fácil.
"Disseste que não me ias chatear."
"Disse que não me ia chatear, não disse que não te chateava a ti."
Rio-me.
Acabo com um "está bem, querido". e desligo.

Cruzo as mãos no queixo, meio amuada por ele não acreditar que um homem pode estar interessado nas minhas faculdades mentais, mais do que físicas. Sei que não é assim, é só ciuminho...
Pergunto-me se ele não sabe mesmo que eu não tenho o hábito de fazer aquilo que não quero. Que não era ingénua aos 16, e muito menos aos 33.

Então lembro-me que ele ainda pensa que me conquistou... e que eu não estava nada à espera. Isso talvez explique algumas coisas...

2 comentários:

Patrícia disse...

etrevo-me mesmo a dizer que explica muitas

Lita disse...

:)