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Como seria voltar a pensar por si mesma? Sorriu, perante a ideia de se passear pelas ruas da cidade, com as meias de vidro rendadas a surgir por baixo do minúsculo vestido azul, dizendo tudo o que lhe surgia na mente.
Provavelmente, todos se afastariam, franzindo o nariz. Sim, porque ouvir a loucura pela manhã faz, por certo, comichão no nariz. Mas estava plenamente decidido.
Tomou um duche e aprontou-se como se para uma festa. Abriu a janela, permintindo ao vento fazer-lhe festas no cabelo.
As nuvens cinzentas anunciavam um dia instável e escuro. Dia de guarda-chuva, diriam os outros. Sorriu novamente. Ela, se levasse algum, seria um guarda-chuva de chocolate. Nessa manhã, a vida sabia-lhe bem...
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