Colocava sempre a saia de folhos amarela. Penteava os sedosos caracois e prendia-os com ganchos coloridos. Só depois de se olhar ao espelho subia para o telhado. Sentava-se entre as telhas laranja, com o seu sumo de frutas gelado e ficava a observar o campo verdejante e fresco, cheio de papoilas.
Por vezes,a música na igreja fazia-a sorrir,imaginando o casal de noivos a sair ao som dos sinos, juntamente com os alegres convidados, num rebuliço total.
Era uma festa, poder deitar-se ao sol e sentir a pele bronzeada a aquecer e os folhos da sua saia dançando com o vento. Se fechasse os olhos e imaginasse um sonho, ainda assim não seria mais belo do que a sua realidade.
2 comentários:
Sobre pétalas de flor, vou voando nas tuas palavras, bebendo o seu mel, e na escrita criativa deixo-me embalar…embalar. Obrigado, estava mesmo a precisar…
:)
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