Foi no baloiço da Ana que descobri intuitivamente aquilo que mais tarde vim a estudar.
A casa da avó da Ana era em madeira, pequenina. Tinha uma particularidade. Um pátio com um baloiço daqueles antigos, que parecem uns sofás em ferro trabalhado, todos brancos e cheios de almofadas fofinhas.
Por vezes íamos para lá para jogar às cartas. Mas o motivo principal era aquele bocadinho em que nos sentávamos, duas ou três no baloiço, e conversávamos envolvidas por aquele ritmo harmonioso.
O balançar, muitas vezes devido a memórias emocionais muito antigas, dá-nos um sentimento de conforto, de aconchego. Serviu-me como terapia, muitas vezes, na adolescência mais tardia, em que me sentava lá, desta vez sozinha, vendo-as jogar às cartas ou fazer qualquer outra coisa. Nessas alturas, preferia fechar-me no meu mundo e utilizar o balançar para me abandonar ao esquecimento.
Sempre que vejo a Ana, ou passo na casa da avó dela, é disso que me recordo. Do balouço e das horas de conforto que me trouxe.
PS. Andar de baloiço mais vezes!!!!
8 comentários:
Muito bom... o andar de baloiço... os tempos da infância, tão longínquos e tão perto...
Kisses
Verdade... e acredita! Sabem bem, mesmo depois de crescer! :)
Eu não resisto! Sempre que vejo um baloiço tenho que o experimentar. Adoro! O melhor baloiço da minha vida era o do colegio da primária. Que saudades!
Eu também adoro!!! É uma das razões porque vou ao parque com a criança!!! ;)
Eu tenho dois baloiços na minha vida;esse...;)e o da minha infância,aquele que o meu pai fez com corda grossa e um pedaço de madeira preso a uma amendoeira...lembras-te?
Perfeitamente!
Acho que temos uma fotografia dele!
Não resisto a um baloiço. A ultima vez que estive em Matosinhos fui ver o concerto dos Keane e depois eram 3 da mnhã estava a andar de baloiço num dos bares da praia. Simplesmente delicioso.
Beijokas
Uma excelente terapia!
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